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São Paulo (Reuters) – Na manhã de sábado, as autoridades eleitorais brasileiras executaram um mandado de busca e apreensão na casa de Sergio Moro, ex-juiz que liderou uma das maiores investigações de corrupção do Brasil, ex-ministro da Justiça e atual candidato ao Senado.
Esta é a primeira vez que as autoridades eleitorais têm como alvo Moro, que fez seu nome liderando uma ampla investigação de corrupção de “lavagem de carros” que prendeu alguns membros da elite política e empresarial do Brasil, incluindo o candidato presidencial Luis Inácio Lula da Silva.
A ordem judicial, que a Reuters teve acesso, veio em resposta a um pedido dos advogados trabalhistas de Lula, que afirmaram haver irregularidades nos materiais de campanha de Moro.
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Em nota, os advogados de Moro confirmaram o mandado de busca, mas negaram qualquer irregularidade de sua parte, e descreveram o pedido trabalhista como uma “iniciativa agressiva”.
Moreau disse no Twitter sobre a suposta linha errada em alguns materiais eleitorais.
“Nada se compara aos bilhões de dólares roubados durante os governos trabalhista e Lola. Eles não vão me assustar, mas rejeito a tentativa ultrajante de denegrir e intimidar minha família”, disse ele.
Moro, 49, entrou na política como ministro da Justiça no início do governo do presidente de direita Jair Bolsonaro em 2018, antes de acusar Bolsonaro de má conduta e renunciar em 2020.
Ele concorreu à presidência sem sucesso nas eleições de outubro deste ano, mas com pouco capital político, decidiu concorrer a uma cadeira no Senado pelo estado do Paraná, no sul do país.
A Justiça Eleitoral, na mesma decisão, de sábado, também ordenou a exclusão de vídeos de Moro postados no YouTube que violem os critérios estabelecidos nas regras eleitorais.
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Reportagem de Ricardo Brito; Reportagem adicional de Stephen Grattan. Edição por Jonathan Otis
Nossos critérios: Princípios de Confiança da Thomson Reuters.