Araújo nega à Câmara que o atraso na liberação do estoque de vacinas seja reflexo da crise com a China Política

“Não identificamos quaisquer questões políticas relacionadas à importação desses insumos da China”, disse ele. […] “Nós do Itamaraty aqui em Brasília, nossa embaixada em Pequim ou outras áreas do governo não identificamos problemas de natureza política e diplomática”, disse Araújo.

Ele continuou: “Não vimos nenhum obstáculo a esse respeito. Nossa análise, em conjunto com o que disseram as pessoas que me precederam aqui, é que há de fato uma demanda muito alta por esses insumos, obviamente, neste momento do mundo.”

Brasil está fora da lista de países para os quais Índia vai exportar o primeiro lote de vacinas

Os dados foram entregues aos membros do comitê externo que criei Parlamento Para discutir como lidar com a epidemia de Covid-19. O colégio tem realizado uma reunião informal desde, oficialmente, Senado Nacional De férias até o início de fevereiro.

O Brasil enfrenta dificuldades para lançar A. Baixe dois milhões de doses da vacina Oxford, Produzido pelo Governo da Índia em parceria com o Indian Serum Institute.

Enquanto isso, os laboratórios brasileiros aguardam o lançamento da China do Exportação de dois tipos de ingredientes ativos farmacêuticos (IFA) produzidos em solo chinês. IFA é a matéria-prima para vacinas a serem processadas e produzidas no Brasil.

O atraso afeta a produção brasileira da vacina Oxford, prevista no contrato da Fiocruz com a Astrazeneca; O CoronaVac é produzido, resultado de uma parceria entre o Instituto Botantan e o Laboratório Chinês Sinovac.

A incerteza quanto ao cronograma de importação desses produtos prejudica a viabilidade do programa brasileiro de imunização – que pode ser interrompido caso as novas doses não estejam prontas até o início de fevereiro.

Na terça-feira (19), a Fiucruz informou que a entrega da vacina Oxford contra a Covid-19 será adiada, de fevereiro para março, devido ao atraso na chegada do IFA.

Fontes diplomáticas disseram à TV Globo nos últimos dias que a posição do governo Jair Bolsonaro no cenário internacional foi um dos fatores que determinou o atraso nos procedimentos comerciais.

Além de Araújo, o Secretário Executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, foi convidado a participar do encontro; Diretor do Instituto Botantan, Dimas Kovas; E o vice-presidente de Fiocross, Produção e Inovação em Saúde, Marco Krieger. Vários parlamentares participaram da reunião.

Para fabricar vacinas no Brasil, tanto o Instituto Butantan – responsável pela CoronaVac – quanto a Fiocruz – que produz a imunidade Oxford – precisam do princípio ativo farmacêutico (IFA) que vem da China.

No entanto, o país asiático tem sido alvo de frequentes ataques de integrantes do governo Jair Bolsonaro, entre eles o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente, e o próprio chanceler Ernesto Araujo.

Em outubro, Bolsonaro cancelou um acordo de compra de doses para CoronaVac pelo Ministério da Saúde e disse que não compraria vacinas produzidas na China. Na ocasião, o presidente também aproveitou para contestar o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) – O Butantã é associado ao governo de São Paulo.

As duas vacinas, CoronaVac e Oxford, são as únicas até agora autorizadas pela Anvisa para uso emergencial no Brasil. Atualmente, apenas doses do CoronaVac estão disponíveis no país – a vacinação começou esta semana com esses frascos, que ainda são insuficientes para atender todos os grupos prioritários.

O prefeito Rodrigo Maya (DEM-RJ) teve encontro nesta terça-feira com o embaixador da China no Brasil, Yang Wanming. Segundo Maya, o diplomata disse que não vê obstáculo político, mas técnico, na demora no envio de insumos chineses ao Brasil para a produção de vacinas contra a Covid-19.

Maya: Você teve uma ótima conversa com o embaixador da China no Brasil

Maya: Você teve uma ótima conversa com o embaixador da China no Brasil

O filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), já usou suas redes sociais para fazer críticas pesadas ao país, além de culpar a China pelo surto.

Em novembro do ano passado, ao comentar a quinta geração da tecnologia de internet móvel, o MP afirmou que o governo brasileiro anunciou seu apoio a “uma aliança global para uma rede 5G segura, sem espionar a China”. Em seguida, exclua a postagem.

Nesta ocasião, a embaixada chinesa respondeu às mensagens do parlamentar. Um memorando emitido em novembro do ano passado afirmava que as cartas de Eduardo Bolsonaro eram “infundadas” e “minavam” a relação entre os dois países.

O ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub, que ainda está no governo, postou em abril do ano passado um post nas redes sociais com dicas de que a China poderia se beneficiar propositalmente com a crise global causada pelo coronavírus.

Weintraub causou atrito com a China em abril ao sugerir qual país se beneficiaria com a pandemia

Weintraub causou atrito com a China em abril ao sugerir qual país se beneficiaria com a pandemia

No texto, ele usou a forma de falar do personagem “Cebolinha” da Turma da Mônica, que trocou a letra “L” por “R” para zombar do sotaque chinês.

Após uma reação negativa da embaixada chinesa, Weintraub excluiu as postagens. Por isso, são alvo de investigação na Justiça Federal sobre crime de racismo.

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