A seleção brasileira de ginástica feminina conquistou sua primeira medalha de campeã mundial com a matriarca reinante ao lado

Jade Barbosa, 32 anos, com uma medalha de prata no pescoço e mulheres mais jovens de seu país ao seu lado, explicou a importância de o Brasil conquistar sua primeira medalha de seleção mundial.

“Não fizemos isso apenas para esta geração”, disse ela por meio de um tradutor. “Fizemos isso por todas as gerações da ginástica brasileira. Hoje criamos nosso time dos sonhos”.

Cinco brasileiras conquistaram a prata no Mundial de Antuérpia, na Bélgica, nesta quarta-feira.

Eles terminaram 2.199 pontos atrás dos americanos, o mais próximo que qualquer nação chegou dos Estados Unidos durante sua seqüência recorde de sete vitórias em torneios desde 2011.

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Foi apropriado que Georgette Vidor, mestre da ginástica brasileira de 65 anos, estivesse no local naquele momento Fazendo as primeiras páginas de volta para casa.

Fedor é o técnico de ginástica do famoso Flamengo Sports Club, no Rio de Janeiro, clube por onde passaram a maior parte dos melhores jogadores brasileiros. Ela também foi coordenadora da seleção brasileira feminina de 2009 a 2016.

Fedor, que ficou paralisado em um acidente em 1997 em um ônibus que transportava sua equipe de ginástica, viajou na semana passada para assistir ao seu primeiro campeonato mundial desde 2019.

Há quatro anos, o Brasil terminou em 14º lugar no Mundial. Toda a equipe perdeu a classificação para as Olimpíadas de Tóquio por dois pontos e compete sem sua estrela lesionada, Rebecca Andrade.

Na quarta-feira, Fedor assistiu de sua cadeira de rodas na primeira fila do Sportpaleis. As ginastas que observei como meninas no Flamengo levaram o Brasil ao seu melhor desempenho colegial de todos os tempos.

“Estou neste encontro quando não [have] ela disse durante a qualificação na segunda-feira. “Agora somos uma equipe muito boa e todo mundo conhece o Brasil.”

Fedor se lembrou de sua época como ginasta de 15 anos.

“Meu treinador me disse: ‘Georgette, você não é muito bom.’ Mas você sabe melhor. “Você quer ensinar algumas meninas?”, ela lembrou. “Eu disse que sim, posso.”

Ela se lembrou do dia em maio de 1997, quando um caminhão colidiu de frente com o ônibus de sua equipe. Ela disse que seis pessoas morreram.

“Três meses depois do acidente, voltei à academia”, disse ela. “Eu adoro ginástica.”

Ela relembrou o Campeonato Mundial de 2001 realizado em Ghent, uma cidade belga 30 milhas a sudoeste de Antuérpia.

Lá, sua aluna Daniele Hipólito se tornou a primeira brasileira a conquistar uma medalha no Mundial – prata no solo entre a romena Andrea Ruducan e a russa Svetlana Khorkina, as duas maiores estrelas do esporte.

“Todo treinador chega e diz: ‘Cara, você é ótimo’”, lembra Fedor. “Eles não conseguem imaginar um único treinador em cadeira de rodas recebendo uma medalha.”

(Esportes ilustrados mencionado Na época, Fedor trocou de lugar com Hipólito minutos antes do acidente de ônibus em 1997 para conversar com um colega treinador. Hipólito saiu do acidente com hematomas. “Senti como se Deus tivesse salvado minha vida quando Georgette me pediu para mudar de lugar”, disse Hipólito, segundo SI.

Hipólito também terminou em quarto lugar no individual geral no Campeonato Mundial de 2001, perdendo a medalha por 44 milésimos de ponto.

Nessa época, o jovem Barbosa começou a treinar no Flamengo. Andrade e Flavia Saraiva, nascidos com quatro meses de diferença em 1999, também passaram pelo clube (embora Fedor nunca tenha sido personal trainer de Andrade).

A mãe, faxineira, criou Andrade e sete irmãos, antes de sair de casa, nos arredores de São Paulo, para fazer ginástica aos oito anos.

Saraiva, que tem 1,20m de altura em seu currículo nas Olimpíadas de Tóquio, desenvolveu-se em um dos programas esportivos patrocinados pelo governo do Rio para crianças de baixa renda.

Barbosa conquistou a prata geral no Mundial de 2007 e o bronze no salto em 2010. Saraiva terminou em quarto, quinto, sexto, sétimo e oitavo no mundo entre 2018 e 2019.

Andrade então ganhou a prata olímpica geral em 2021 e o ouro mundial geral em 2022.

As Três Grandes fizeram parte das seleções brasileiras que terminaram em oitavo lugar nas Olimpíadas de 2016 e em sétimo lugar no Mundial de 2018.

Mas então Barbosa sofreu uma lesão no joelho nas eliminatórias do salto no Campeonato Mundial de 2019 e mal competiu nos três anos seguintes enquanto se reabilitava de três cirurgias.

Andrade, antes de seu sucesso recente, sofreu três rupturas distintas no ligamento cruzado anterior direito que a tiraram do mundo em 2015, 2017 e 2019.

Saraiva machucou o tornozelo nos Jogos de Tóquio. Ela sofreu a lesão novamente durante as eliminatórias para o Campeonato Mundial do ano passado, onde o Brasil esperava conquistar sua primeira medalha por equipe. Ela competiu nas finais com apenas um aparelho depois de atuar em todos os quatro aparelhos nas eliminatórias. O Brasil terminou em quarto lugar, perdendo uma medalha por 0,902.

Tudo se concretizou em Antuérpia. Andrade e Sarajeva competiram nas quatro provas da final por equipes. Barbosa contribuiu com um salto para se tornar a mais velha medalhista da seleção feminina em um campeonato mundial em décadas.

“Chegamos a um nível em que nos sentimos verdadeiramente satisfeitos”, disse Saraiva, segundo os organizadores do encontro.

Fedor disse que sonhava com um dia assim, mas acreditar que isso poderia acontecer é outra história.

Francisco Poraz Neto, atual técnico da seleção, foi informado no início desta semana da chegada de Fedor.

“Ela está com as meninas desde que eram crianças”, disse ele por meio de um tradutor. “Todos da equipe já passaram por isso.”

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