As vacinas Covid-19 desenvolvidas pela empresa chinesa Sinovac Biotech estão em exibição durante uma coletiva de imprensa em Pequim em 24 de setembro de 2020.
Wang Zhao | Agence France-Presse | Getty Images
Vacid-19 desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac Biotech Apenas 50,4% eficaz em um ensaio brasileiro – mal atendendo ao limite de aprovação regulamentar e bem abaixo da taxa de eficácia inicialmente relatada, de acordo com vários relatos da mídia.
O Brasil é o primeiro país a concluir a fase final do ensaio da vacina CoronaVac. O Instituto Botantan, administrado pelo estado, foi criticado por cientistas e especialistas em saúde por sua falta de transparência na publicação de seus dados de ensaio.
O instituto atrasou a divulgação dos resultados dos testes três vezes – o que foi atribuído a uma cláusula secreta em seu contrato com a Sinovac – e na semana passada anunciou dados parciais que mostravam uma taxa de eficácia que foi posteriormente revisada em um grau muito menor.
O Butantan disse na semana passada que o coronavírus é 78% eficaz entre voluntários com infecções leves a graves, The Wall Street Journal relatou. Mas o instituto disse terça-feira O jornal relatou que a taxa de eficácia geral foi reduzida para 50,4% quando casos “muito leves” que não requerem assistência médica foram incluídos.
Em comparação, as vacinas Covid da Pfizer-BioNTech e Moderna foram consideradas aproximadamente 95% eficazes em seus testes de estágio final.
Sinovac não respondeu imediatamente ao pedido de comentário da CNBC por e-mail.
Esperança pelas vacinas da China
O Brasil e outros países em desenvolvimento depositaram suas esperanças nas vacinas chinesas, enquanto os países ricos adquiriam as vacinas desenvolvidas no Ocidente.
A vacina CoronaVac da Sinovac é mais barata e mais fácil de transportar porque pode ser armazenada em refrigeradores regulares – ao contrário das vacinas Pfizer-BioNTech e Moderna que Deve ser mantido em temperaturas de congelamento.
O país sul-americano registrou mais de 8,1 milhões de casos de COVID-19 no total, o terceiro maior número globalmente, de acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins. Os dados de Hopkins mostram que o número de mortos no país, que chega a mais de 204.000, é o segundo maior do mundo.
O Butantan solicitou uma licença CoronaVac para uso em emergência, informou a Reuters. A agência de notícias Invisa, órgão regulador da saúde, que estipulou uma taxa efetiva de pelo menos 50% para vacinas contra a epidemia, disse que se reunirá no domingo para tomar uma decisão.
Testes em outros países
Além do Brasil, outros países em desenvolvimento, incluindo Turquia e Indonésia, estão experimentando o CoronaVac.
Na segunda-feira, a Indonésia aprovou a vacina para uso de emergência – o primeiro país fora da China a fazê-lo depois que dados provisórios de um ensaio em estágio final mostraram que o CoronaVac foi 65,3% eficaz. Reportagem da Reuters.