Visite o Arca em São Paulo, um novo espaço de convivência

Novo lugar, mais ou menos: Desde 2020, a MS Live uniu forças com a Arca em São Paulo, Brasil, fornecendo uma gama completa de soluções de planejamento, produção e operação de eventos para os clientes. (Cortesia MS Live)

Há um novo prédio para eventos ao vivo em São Paulo, Brasil. Não é totalmente novo. Tecnicamente falando, abriu pela primeira vez em 2018, como um edifício de aluguel puro. Desde 2020, a MS Live se juntou à empresa de entretenimento ao vivo, fornecendo uma gama completa de soluções de planejamento, produção e operação de eventos para os clientes.

Nome do edifício: Arca. Missão: Atrair e acolher todos os tipos de indústria criativa.

Os fundadores da MS Live, Mario Albuquerque e Mauricio Soares, possuem ampla experiência em tecnologia e imóveis. Os projetos internacionais em que Albuquerque trabalhou incluem Tomorrowland Brasil, Electric Zoo, Elrow, Timewarp e Circoloco. Ele também é o fundador do clube, incluindo Laroc e Ame em Valinhos. Soares construiu uma carreira em tecnologia e imobiliário e atuou como consultor de marcas como Nike, GM e Microsoft.

Mário Albuquerque e Maurício Soares

A Arca já recebeu marcas como Nike, São Paulo Fashion Week, Boiler Room, festivais de música como Time Warp e artistas como Charlotte De Witte, Claptone, Peggy Gou, Anjunadeep, Adam Beyer e muito mais. Arca também foi um dos sete locais em todo o mundo para sediar o show “Holo” de Eric Breeds.

Albuquerque e Soares pretendem dar continuidade a este jovem e impressionante legado, “juntando pessoas, pontos de vista, línguas e culturas em ambientes marcantes, criando experiências que excitam os sentidos e despertam a consciência”, lê-se num comunicado conjunto.

O Arca tem aproximadamente 9.000 metros quadrados de espaço interno sob um teto de 16 metros de altura, oferecendo espaço para até 6.400 pessoas. A nave central é dotada de uma rede de treliças com elevada capacidade de carga de 30 toneladas, distribuídas por pontos de elevação (os pontos de elevação são cobrados à parte mediante pagamento por utilização).

Os designers não mexeram nos painéis metálicos verticais originais de fábrica, que podem ser usados ​​de forma criativa para comunicação visual, cenografia e iluminação.

O antigo mezanino foi restaurado e convertido, e hoje serve a múltiplos propósitos, inclusive como camarim ou sala de produção. Há um amplo espaço ao ar livre ao redor do local, apelidado de “boulevard”. Foram plantadas espécies nativas de árvores que diminuíram muito o impacto visual da edificação – um verdadeiro espetáculo de tons de verde, flores e frutas.

VenuesNow queria saber mais sobre Arca e MS Live, que afirmam que todos os eventos agendados desde que uniram forças em 2020 esgotaram.

VenuesNow: Quando o ARCA abriu? O que aconteceu pela primeira vez lá e quando foi isso?
Mario Albuquerque: A ARCA abriu suas portas no dia 22 de outubro de 2018, para a 46ª edição da São Paulo Fashion Week.

Qual é o alcance da habilidade do Arca? É típico e você pode hospedar eventos sentados e em pé?
A ARCA já acolheu os mais variados eventos, desde um jantar de gala para 80 pessoas a espetáculos de música eletrónica com até 6.400 participantes, desde uma conferência de inovação com quatro palcos a um torneio de basquetebol de rua. É uma tela em branco para eventos, um interior com uma pegada quase desobstruída de aproximadamente 9.000 metros quadrados e um pé-direito de 16 metros de altura.

Como você completa o circuito dos estádios em São Paulo? Você pretende atrair mais turnês internacionais ou o Arca é, antes de mais nada, um local no estilo clube?
O Arca foi o primeiro do gênero em São Paulo. Um espaço industrial brutal dos anos 1940, totalmente remodelado e pronto para receber eventos de classe mundial, preservando orgulhosamente seu ambiente e características originais. A música eletrônica responde por cerca de 25% de sua ocupação total, sendo o restante majoritariamente um mix de exposições, lançamentos de produtos, conferências e eventos sociais e corporativos.

Link para isto: Vocês planejam manter a música eletrônica, ou podem se ver apresentando bandas ao vivo também?
Na música, a eletrônica ainda é e provavelmente continuará sendo nosso foco principal nos próximos anos, mas estamos sempre abertos a projetos especiais, não importa o estilo. No ano passado realizamos a estreia da nova turnê de Luisa Sonza, “O Conto dos Dois Mundos”. Ela é uma das maiores pop stars brasileiras da atualidade, junto com Anitta.

Quais características culturais ou econômicas que são próprias de São Paulo, a maneira como as pessoas tratam a festa vale a pena mencionar?
A torcida brasileira está entre as mais apaixonadas do mundo – e São Paulo não é exceção. Houve uma “era de ouro” do clubbing na cidade entre o final dos anos 1990 e o início dos anos 2000, mas agora a maior parte da atividade na cena acontece em turnês de festas e festivais de vários tamanhos. Como não temos invernos muito rigorosos, há eventos que acontecem ao longo do ano. Não recebemos tantos artistas internacionais notáveis ​​entre o final de maio e o início de setembro devido ao verão no hemisfério norte.

Quanto custam os bilhetes quando comparados internacionalmente? Existe uma diferença de renda significativa dentro da comunidade que afeta a variedade de ingressos que você oferece?
É impossível falar do Brasil como um mercado único, grande e homogêneo. Há de fato uma enorme diferença de renda em nossa sociedade, mas também há grandes diferenças entre regiões, países e até mesmo cidades. A área metropolitana de São Paulo abriga mais de 20 milhões de pessoas e o custo de vida aqui é comparável ao das cidades da Europa e dos EUA.

No entanto, apenas cerca de 10% da população tem realmente poder de compra para assistir aos nossos eventos, dos quais cerca de 15-20% procuram uma experiência mais exclusiva e estão dispostos a pagar um prémio por isso – e há um 0,1%, gastadores que viajam para Ibiza e Tulum todos os generais, e são frequentadores assíduos das mesas VIP.

Falando em preços de ingressos no Brasil, é preciso também estar atento às distorções causadas pela “meia-entrada” – lei que impõe desconto de 50% nos ingressos vendidos a estudantes, professores de escolas públicas, idosos com mais de 65 anos e alguns outros grupos com um limite Máximo de 40% do total de ingressos. É claro que isso tem um grande impacto na receita de ingressos – portanto, os promotores ajustaram sua estrutura de preços e foram criativos em termos de trabalho com equipes de promoção terceirizadas, descontos especiais para clientes patrocinadores e outras táticas para nivelar o campo de jogo. Isto significa que, embora o “preço de lista” seja normalmente mais elevado do que noutros mercados internacionais, o preço médio do bilhete que as pessoas pagam é mesmo inferior, devido à “meia-entrada” e outras formas de desconto.

Qual é a sua filosofia de negócios?
A média não é boa o suficiente, sempre há espaço para melhorias e temos que nos divertir ao longo do caminho.

O que vem a seguir para a ARCA, quais eventos/desenvolvimentos futuros você gostaria de destacar?
Claro, continuaremos a desenvolver parcerias com grandes marcas internacionais, algumas delas inéditas no Brasil. Também estamos explorando a nova cena de arte de mídia, algo para o qual achamos que a atmosfera da ARCA é perfeita. Além disso, após o lançamento bem-sucedido de Mottus, nossa primeira marca original, temos mais duas marcas em nosso pipeline, que serão focadas em diferentes gêneros e públicos e devem ser lançadas no segundo semestre de 2023.

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