Tribunal diz que financiamento brasileiro de projetos no exterior é falho, mas legal

O Tribunal de Contas da União, órgão fiscalizador dos gastos públicos, prendeu gestores e técnicos do banco federal de desenvolvimento BNDES Não violou a lei Quando foram aprovadas uma série de operações de financiamento à exportação de bens e serviços para diversos países durante os governos de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010) e Dilma Rousseff (2011-2014).

Pelo contrário, o Tribunal fez recomendações para corrigir as falhas destes processos. A lista inclui requisitos para estudar a viabilidade técnica, económica e financeira dos projectos antes da concessão de crédito e implementar bases de dados para monitorizar a informação prestada pelas empresas.

Um caso avaliado questionou a legitimidade de 67 empréstimos concedidos entre 2005 e 2014. Estes empréstimos destinaram-se à construção de estradas e totalizaram 2,1 mil milhões de dólares – principalmente para trabalhos em Angola, mas também na República Dominicana, no Gana, na Guatemala e nas Honduras.

As construtoras brasileiras foram financiadas pelo Banco Brasileiro para realizar obras no exterior. Os países que contrataram a obra foram responsáveis ​​pelo reembolso dos empréstimos.

Dois membros do Tribunal de Contas votaram a favor da multa e punição dos funcionários do Banco de Desenvolvimento Social responsáveis ​​por estas operações, incluindo Luciano Coutinho, ex-presidente do banco.

O relator do caso disse que cerca de metade dos valores foram utilizados indevidamente e sugeriu que provavelmente havia corrupção entre funcionários públicos, embora o tribunal não tenha encontrado qualquer prova disso. Algumas das maiores empresas de construção do Brasil foram posteriormente indiciadas por acusações de corrupção na Operação Lava Jato, uma agora extinta força-tarefa anticorrupção.

No entanto, uma maioria de 6-2 concluiu que não foi provada nenhuma negligência grave ou intenção criminosa. Ressaltaram que no momento em que as decisões foram tomadas não existiam regras que proibissem o que gestores e técnicos autorizavam.

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Outro caso terminou em 5 de março Obras de construção em Cuba. A terceira, adiada por decisão unânime, diz respeito ao financiamento de projetos em países como Argentina e Venezuela.

No final de 2023 o governo federal Apresente um projeto de lei Ao Congresso para estabelecer um marco regulatório para as operações de crédito do BNDES para exportação de bens e serviços. Representantes do BNDES confirmaram publicamente que a entidade não realizará exportações de serviços Até que o projeto de lei seja aprovado.

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