Tendência de parcerias de pesquisa em agronegócio 2021

Bruna Garcia Fonseca
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São Paulo – Parcerias para ensino e pesquisa em tecnologia agrícola é uma oportunidade para o Brasil fazer mais negócios com os países árabes. Durante um webinar hospedado por Câmara de Comércio Árabe Brasileira (ABCC) Na quarta-feira (27), Majid Al Qasimi, sócio da consultoria emirada SomaMatter, disse que a região está mudando o foco para a produção local de alimentos, ao mesmo tempo que realiza pesquisas e desenvolvimento para esse fim. “A educação na área de tecnologia agrícola tornou-se mais difundida nos setores público e privado”, afirmou.

De acordo com Al Qasimi, há oportunidades para o Brasil, incluindo pesquisa e desenvolvimento agrícola, em fundos bilaterais de pesquisa e desenvolvimento, e um currículo educacional em agricultura, para que os países árabes possam cultivar seus próprios alimentos.

Al-Qasimi disse ainda que a normalização das relações com Israel e Qatar é essencial para estabelecer a estabilidade na região para que o desenvolvimento sustentável seja alcançado.

Luana Uzemela, do Brasil, CEO da Dima Consult, do Catar, também foi palestrante no webinar. “Estamos em um momento extraordinário na história do Catar”, disse ela. Segundo ela, as perspectivas para 2021 são promissoras com a normalização das relações com os países vizinhos do Golfo, o que aumenta a confiança do mercado global. Ozmila observou que o Catar busca atrair US $ 25 bilhões em investimentos, criar 10.000 empregos e trazer mais de 1.000 empresas ao país até 2022.

Ela diz que, apesar de todos os problemas, o bloqueio levou o Catar a trabalhar mais para alcançar a autossuficiência no campo da segurança alimentar. “O Catar se tornou mais independente, diversificou sua economia, encontrou novos aliados internacionais e, agora que o bloqueio termina, espera receber seus parceiros em sua pátria”, disse Ozemila.

Segundo ela, o Catar pretende se tornar um centro de distribuição de alimentos no Golfo, na África e na Ásia. “A infraestrutura está pronta”, disse Ozemela. A população do Catar está cada vez mais atenta à saúde e à sustentabilidade, e a indústria de lanches saudáveis ​​no Brasil pode ter sucesso aqui.

Em relação à Copa do Mundo FIFA de 2022 no Catar, espera-se que um milhão de torcedores cheguem ao país. Ozmila disse que a infraestrutura está em construção, incluindo 16 novos hotéis. “Só os projetos da FIFA exigirão gastos de US $ 20 a 30 bilhões neste ano”, disse ela.

A ABCC realizou o webinar “Desafios da Segurança Alimentar e Oportunidades de Mercado da Indústria Alimentar Brasileira nos Países Árabes” em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (APIA). Também participou Abia Grazielle Parenti, presidente do escritório da ABCC em Dubai, Rafael Solemio.

Parenti disse que 2020 representa um grande desafio para a indústria de alimentos do Brasil, que tem se mostrado capaz de sustentar o abastecimento do mercado interno e externo. “Isso atesta sua resiliência nacional e global e a credibilidade que o Brasil desfruta com seus clientes internacionais”, afirmou.

Parenti também falou sobre sustentabilidade. A indústria brasileira emprega as melhores práticas, e sentimos a mesma demanda dos países árabes, e todo esse interesse em encontrar um produto orgânico sustentável, rastreável e certificado. Percorremos esse caminho juntos.

Mencionou também que as empresas da indústria alimentar caminham para a internacionalização. “Muitas empresas estão abrindo escritórios e fábricas nos países árabes para transferir expertise e também ter presença local”, disse Parenti.

Solimeo falou sobre os serviços disponibilizados pela ABCC, e o presidente da ABCC, Robbins, foi afetuoso e o evento foi encerrado. Hanoun discutiu a possibilidade de estabelecer parcerias com a Fundação Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e com universidades do Brasil para cooperação e troca de conhecimentos na área de agricultura. O webinar foi moderado por Fernanda Baltazar, Diretora de Relações Corporativas da ABCC.

Traduzido por Gabriel Pomeran Blume

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