Presidente da Madeira é suspeito de corrupção

“Os factos (…) são susceptíveis de estabelecer em abstracto a prática dos suspeitos Miguel Albuquerque e Pedro Calado [president of the Chamber of Funchal] E Avellino Farinha [leader of the AFA business group] “Os factos podem incluir ofensas ao Estado de direito, prevaricação, obtenção de benefícios ilícitos, corrupção passiva, corrupção ativa, envolvimento económico em negócios, abuso de poder e tráfico de influência”, lê-se no documento a que a Lusa teve acesso. .

Miguel Albuquerque foi nomeado arguido na quarta-feira na operação levada a cabo pelo MP e pela Polícia Judiciária (PJ) na Madeira, nos Açores e em diversas regiões do continente.

Entre as suspeitas do MP está a existência de um alegado conluio entre o governo regional (PSD/CDS-PP), liderado por Miguel Albuquerque e Pedro Calado, e membros do Pestana Hotel Group, concretamente a empresa Pestana CR7, que está alegadamente envolvida “em um esquema de favorecimento dos interesses e negócios imobiliários daquele grupo no âmbito da construção de um empreendimento Praia Formosa Real Estate.

O alegado favoritismo também foi mencionado na escolha da empresa vencedora nos concursos públicos para organização de um festival de jazz no Funchal em 2022 e 2023, tendo o MP salientado que a entidade vencedora foi constituída quatro dias antes da apresentação da proposta, “falta de ( …) qualquer experiência em organização de eventos.” ».

Segundo o deputado, existe uma “relação distintiva, caracterizada por grande proximidade e informalidade” entre Miguel Albuquerque, Pedro Calado e Avelino Farina. O representante acrescenta que no âmbito desta relação, Pedro Calado atuou, e continua a atuar, como denominador comum dos restantes suspeitos, pois atuou “como mediador, no sentido de proteger os interesses do Grupo AFC junto do poder regional”. federação.” Governo e Câmara Municipal do Funchal.

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O MP aponta ainda a presença de “interferências” de Miguel Albuquerque em assuntos de âmbito municipal, bem como as posições assumidas por Pedro Calado sobre questões de natureza regional, nomeadamente sobre temas que dizem respeito aos interesses de um grupo de empresários da Madeira.

O caso surgiu após denúncias anónimas, tendo a investigação revelado “novas suspeitas de eventual favoritismo na contratação pública regional”, relativas ao chefe do governo regional, ao presidente da Câmara do Funchal e ao líder do grupo empresarial AFA.

A operação levou à detenção do presidente da Câmara Municipal do Funchal, do líder do grupo AFA e do CEO do grupo Socicorreia, Custódio Correia, que também é sócio de Avelino Farinha em diversas empresas, segundo fonte do investigação. Os três detidos deverão comparecer perante um juiz para o primeiro interrogatório judicial na sexta-feira, em Lisboa.

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