Polícia brasileira prende “cérebros” do assassinato de vereador do Rio em 2018

RIO DE JANEIRO: A polícia brasileira prendeu no domingo três atuais e ex-funcionários que supostamente planejaram o assassinato em 2018 da vereadora do Rio de Janeiro, Mariel Franco.

Ativista declarado dos direitos dos negros e dos homossexuais, Franco cresceu num bairro pobre e tornou-se um defensor carismático dos pobres e um crítico declarado da brutalidade policial. Seu assassinato causou grande alvoroço no Brasil e no exterior.

Ela foi morta em um tiroteio junto com seu motorista, Anderson Gomez, no centro do Rio de Janeiro, na noite de 14 de março de 2018. Ela tinha 38 anos.

A polícia disse acreditar que Franco foi morto por causa de suas ações políticas, mas nunca ficou claro quem ordenou o assassinato.

O Supremo Tribunal Federal disse no domingo que João Chiquinho Brazão, empresário e atual deputado da Câmara dos Deputados brasileira, seu irmão Domingos Brazão, assessor do Tribunal de Contas do Rio, e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa, foi detido. .

“O crime foi planejado pelos dois irmãos e meticulosamente planejado por Rivaldo”, escreveu Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal que ordenou a prisão preventiva, em documentos judiciais.

O ministro da Justiça brasileiro, Ricardo Lewandowski, disse em conferência de imprensa em Brasília que o crime era “claramente de natureza política” e que a investigação do caso terminou com detenções.

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Lewandowski disse que “há elementos suficientes” no relatório policial para permitir que o Ministério Público Federal apresente acusações contra os presos.

“Hoje é um grande passo em frente na busca de respostas para as muitas perguntas que nos colocamos nos últimos anos: quem ordenou o assassinato de Marie e por quê?” A irmã de Franco, Aniel Franco, que hoje é Ministra da Igualdade Racial do Brasil, escreveu no X, anteriormente no Twitter.

Ela acrescentou que ainda há “um longo caminho a percorrer”.

Os dois ex-policiais – Ronnie Lisa e Elcio de Queiroz – foram presos um ano depois do crime. Alega-se que Lisa era o atirador e que De Queiroz era o motorista do carro que perseguia Franco.

As autoridades disseram no ano passado que Queiroz “confirmou a participação dele e de Ronnie Lisa” no ataque.

A confissão levou à detenção de outro suspeito, o ex-bombeiro Maxwell Seamus Correia.

Na semana passada, o governo anunciou que Lisa também havia confessado.

As autoridades indicaram o envolvimento do crime organizado e de grupos paramilitares no assassinato. Franco frequentemente denunciava os abusos das milícias entre as comunidades pobres das favelas do Rio.

As irmãs Franco inspiraram outras mulheres negras a entrar na política.

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