Países árabes: oportunidades para micro e pequenas empresas

Marcus Carrier
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São Paulo – Os países árabes são grandes consumidores dos alimentos brasileiros, cujas exportações podem crescer ainda mais, abrindo oportunidades para as micro e pequenas empresas brasileiras. Ele disse que turismo, tecnologia agrícola e infraestrutura são alguns dos setores onde há oportunidades A Câmara de Comércio Árabe Brasileira (ABCC) CEO Tamer Mansour (na foto). Na quarta-feira (9), Mansour falou sobre essas oportunidades no Sebrae Global Experience 2023, evento realizado pelo Sebrae para aumentar a competitividade das pequenas empresas.

No painel intitulado “Oportunidades de negócios na América do Sul e Oriente Médio”, Mansour disse que as relações comerciais entre o Brasil e os países árabes têm crescido continuamente nos últimos 20 anos. No entanto, ele indicou que existem muitos setores e negócios inexplorados. Os Emirados Árabes Unidos e o Bahrein são dois países pequenos, mas compram produtos brasileiros para se beneficiar e depois reexportam para outros países. Dessa forma, o Brasil acaba acessando mercados de difícil acesso como Paquistão e Afeganistão, disse.

Mansour disse ainda que o interesse mútuo cresceu e que o Brasil atraiu dinheiro dos países árabes. • Os investimentos mudaram de fundos comerciais para fundos de projetos. Temos muitos investimentos liderados pelos Emirados, mas vejo a visita (ao Brasil) do ministro saudita de Investimentos (Khaled Al-Falih) na semana passada como um grande sinal da disposição dos fundos públicos sauditas de investir aqui. Por isso as médias e pequenas empresas, cooperativas e empresas fora dos centros do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo devem ficar em alerta, disse.

Mansour explicou que os compradores dos países árabes querem conhecer o empresário e a empresa que será sua fornecedora, sua credibilidade e solidez financeira. Falar inglês também é importante para estabelecer bons relacionamentos, que tendem a ser duradouros e baseados na confiança. “Vejo as oportunidades de investimentos no mundo árabe como um grande ciclo que começa neste ano e vai florescer nos próximos dez anos”, disse Mansour.

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Mansour também apresentou o ABCC em sua apresentação. A organização tem escritórios internacionais em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, e no Cairo, no Egito, e em breve abrirá um escritório em Riad, na Arábia Saudita. No Brasil, além da sede em São Paulo, a Fundação possui escritórios em Itajaí, Santa Catarina e na capital, Brasília.

Ele disse que a fundação está trabalhando em outros projetos para simplificar o processo de entrada de mercadorias brasileiras nos países árabes por meio da plataforma blockchain da Ellos e criar um corredor marítimo direto para o transporte marítimo entre o Brasil e os países árabes. Um carregamento do porto de Santos leva hoje em média 28 dias para chegar a Alexandria, no Egito, 35 dias para chegar aos Emirados Árabes Unidos e 45 dias para chegar à Jordânia. Esta última passou a utilizar o sistema Ellos totalmente digital para desembaraçar mercadorias brasileiras.

América do Sul

A sessão também apresentou oportunidades na América do Sul. O diretor de Operações do escritório colombiano da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Marcelo Martins, falou sobre as oportunidades em países da América do Sul, em especial Colômbia, Chile, Uruguai e Paraguai. A sessão foi moderada por Maurício Manfré, membro do Conselho de Administração do Conselho Brasileiro das Empresas Importadoras e Exportadoras (CECIEx).

Traduzido por Guilherme Miranda

Rodrigo Rodriguez / Câmara Árabe

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