Os piores dados da floresta tropical para fevereiro para a Amazônia brasileira

A Amazônia brasileira registrou o pior mês de fevereiro para desmatamento em 2023.

Na sexta-feira, dados provisórios mostraram que o desmatamento na Amazônia brasileira atingiu seu pior nível em fevereiro, no segundo mês de mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Satélites de monitoramento revelaram que 209 quilômetros quadrados (80,6 milhas quadradas) de florestas foram destruídos, de acordo com o sistema de monitoramento DETER do Instituto de Pesquisas Espaciais do INPE.

Trata-se de uma área equivalente a cerca de 30.000 campos de futebol.

O relatório do INPE trazia apenas dados até 17 de fevereiro, mas já era um aumento em relação ao pior fevereiro anterior, em 2022, quando o líder de extrema-direita Jair Bolsonaro ainda estava no cargo.

No mês passado, o desmatamento na Amazônia diminuiu 61% em relação ao ano anterior, segundo a mesma fonte.

Mas especialistas alertaram na época que era muito cedo para falar em “reverter” o desmatamento, em parte porque algumas perdas florestais podem ter passado despercebidas por causa da espessa cobertura de nuvens.

Daniel Silva, especialista do WWF Brasil, disse que o aumento em fevereiro pode refletir em parte perdas florestais que não foram observadas em janeiro.

Durante a presidência de Bolsonaro, o desmatamento médio aumentou 75% em comparação com a década anterior.

Bolsonaro instigou políticas que favorecem a agricultura e as indústrias madeireiras que são as principais responsáveis ​​pelo desmatamento.

Depois que Lula governou o Brasil de 2003 a 2010, ele assumiu o cargo em 1º de janeiro deste ano prometendo reconstruir as agências governamentais encarregadas de proteger o meio ambiente após severos cortes orçamentários e de pessoal que Bolsonaro lhes impôs.

Ele também anunciou uma meta ambiciosa de desmatamento zero até 2030.

Para isso, conta com ajuda internacional, notadamente por meio do Fundo Amazônia, do qual Alemanha e Noruega são os principais contribuintes.

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