Na reunião do G20, Haddad diz que defenderá universalidade

O ministro da Economia brasileiro, Fernando Haddad, disse que pedirá uma proposta global para tributar os ricos durante a reunião de ministros e chefes de bancos centrais do G20, a ser realizada em São Paulo, de 28 a 29 de fevereiro.

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Haddad acredita que o tema é importante para enfrentar a desigualdade e promover o crescimento econômico. O anúncio foi feito por e-mail em entrevista ao jornal brasileiro Ó Globo.

“A agenda do G20 reflete em grande parte as nossas prioridades e conquistas na agenda interna. A reforma fiscal e a tributação de fundos offshore e exclusivos dão-nos a legitimidade e o apoio que precisamos para defender as reformas mais ambiciosas a nível global”, disse o ministro.

Ele disse que o tema é prioritário para o governo brasileiro, mas ainda não há uma proposta específica.

E acrescentou: “Apresentaremos uma proposta para impor impostos aos ricos, com base nos melhores estudos disponíveis. Ainda não posso entrar em pormenores, mas sublinho que continuaremos a defender a tributação progressiva como objectivo do G20.

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Haddad será o anfitrião do “Financial Track”, grupo de trabalho que reúne ministros e chefes de finanças dos países do G20. Isto surge no âmbito das atividades da cimeira do G20 que se realiza no Rio de Janeiro.

“Precisamos também de trabalhar em conjunto para reforçar a capacidade destas instituições para promoverem as mudanças profundas nos padrões de produção e consumo esperadas por todos rumo à descarbonização. O mundo mudou desde que estas instituições foram criadas. A governação global precisa de atualizar a lista” Se houver é um país que pode ajudar a resolver “Essas questões são do Brasil”.

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O ministro também explicou na entrevista que o Brasil poderá se tornar referência no debate sobre a transição energética, e comemorou o fato de o país ter gerado 93% de suas necessidades de eletricidade em 2023 a partir de fontes renováveis.

Ele apontou o Plano de Transição Ecológica e a importância de equipar financeiramente os países do Sul Global para adotarem medidas de conservação.

Ele acrescentou: “Apelamos a medidas regulatórias alternativas realistas, mas ambiciosas, para orientar o setor produtivo rumo à descarbonização e incentivar o investimento em áreas na vanguarda da indústria e da tecnologia”.

Editado por: Jessa Márquez

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