Ministério da Saúde: Não deve ser oferecida vacina COVID-19 a toda a população – 27/11/2020 – Equilíbrio e saúde

Depois de ser aprovado, Vacina contra Covid-19 Na sexta-feira (27), o Ministério da Saúde afirmou que não deve ser apresentado a toda a população no próximo ano, mas apenas aos grupos de maior risco de exposição e complicações pela doença.

A carteira está trabalhando na construção de um plano nacional de vacinação. A previsão é que um documento preliminar seja compartilhado com especialistas em saúde e a secretaria na próxima terça-feira (1).

Nas últimas semanas, o ministério já havia conversado em iniciar a vacinação por grupos prioritários, como idosos, pessoas com doenças crônicas e profissionais de saúde, mas não estava claro se considerava estender a oferta.

“Estabelecemos metas de vacinação, porque não temos vacina para vacinar toda a população do Brasil. Além disso, os estudos não prevêem trabalhar com todas as faixas etárias no início, então não poderemos nem vacinar toda a população brasileira”, disse a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, Francile Ventinato. Crianças e mulheres grávidas estão entre os grupos que hoje não participam dos estudos clínicos.

O secretário executivo do Ministério da Saúde, Elsio Franco, disse que a oferta é voltada para públicos específicos Isso não significa que outras pessoas não serão protegidas.

“O fato de certos grupos da população não terem sido vacinados não significa que não estarão seguros, porque outros grupos que convivem com essas pessoas serão vacinados e assim não poderão contrair a infecção”, disse.

Compare a estratégia de vacina contra Covid-19 com Campanhas de vacinação contra a gripe, Também visou grupos com maior risco de exposição e complicações do vírus.

“Nossa meta é vacinar 80 milhões de brasileiros anualmente, e não estamos falando de toda a população”, afirma. Segundo ele, o mesmo debate está ocorrendo em outros países.

“Quando falamos em vacinação, o mundo não entende que vai ter que vacinar todos. Kovacs [iniciativa da Organização Mundial de Saúde que acompanha nove estudos de vacinas para oferta aos países] Com o objetivo de US $ 2 bilhões. É uma meta ambiciosa e não é inconcebível que haverá uma vacina para cada pessoa deste planeta ”, afirma.

Segundo Fantinatto, a identificação dos grupos deve levar em conta o cenário epidemiológico do país e as indicações das vacinas disponíveis.

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O Ministério da Saúde já firmou convênios com a farmacêutica AstraZeneca, que desenvolve uma vacina em parceria com a Universidade de Oxford (Reino Unido), e é signatária da unidade Covax, consórcio de vacinas da Organização Mundial de Saúde.

Esses acordos, com investimento de R $ 2 bilhões, prevêem a disponibilização de aproximadamente 143 milhões de doses no primeiro semestre de 2021 – 100,4 milhões de doses de AstraZeneca e outros 42 milhões de doses de Covax.

Só o acordo com a AstraZeneca será suficiente para imunizar 50,2 milhões de brasileiros até o primeiro semestre. Com o recente anúncio da eficácia do dispositivo de imunização de 1,5 dose, até 65 milhões de pessoas poderiam ser vacinadas dessa forma.

No entanto, a AstraZeneca reconheceu um erro de administração de dose parcial em ensaios e mais estudos são esperados. O esquema de vacinação e eficácia do medicamento permanecem indefinidos.

O volume informou ainda que a Fucruz, instituição parceira da vacina Oxford no Brasil, poderá produzir mais 110 milhões de doses em 2021, se tudo correr conforme o esperado. Para produzi-la, a Fiocruz deve primeiro concluir o processo de transferência de tecnologia.

A unidade de Kovacs ainda não anunciou a expectativa de uma possível vacina para aprovação no primeiro semestre.

O governo também disse que está procurando outros fabricantes, cujas vacinas estão em estágio avançado de desenvolvimento, mas sem previsão de compras ou negócios.

Além do governo federal, o estado de São Paulo, por meio de parceria com o Instituto Botantan, fechou convênio com a empresa chinesa Sinovac para a produção do Coronavac no país. O acordo prevê 46 milhões de doses, das quais as primeiras 120 mil doses chegaram ao país no dia 19. O governo de São Paulo espera receber 6 milhões de doses até 30 de dezembro.

Em 2021, o Butantan espera receber a matéria-prima para envasar e rotular as 40 milhões de doses restantes no próprio instituto, permitindo que outros 23 milhões de brasileiros sejam imunizados até o primeiro semestre do ano que vem.

Após o primeiro momento de enchimento, o Butantan deve começar a produzir o sistema imunológico em uma planta que está sendo construída para ele, conforme contrato de transferência de tecnologia. O governo paulista ainda não divulgou detalhes sobre o calendário de produção ou vacinação.

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Assim chegamos a contar pelo menos um terço da população vacinada no primeiro semestre (23 milhões de doses do Coronavac mais 50 milhões da vacina Oxford, considerando duas), e pelo menos metade da população até o fim, já que a segunda produzirá Fiocruz Outras 110 doses para um total de 65 milhões de pessoas.

No entanto, ainda há muitas dúvidas sobre a duração da proteção e mesmo se as pessoas que contraíram Covid-19 também precisem ser vacinadas.

“Ainda é preciso monitorar cada imune por um período mais longo [nos ensaios clínicos até agora] Para quem está infectado, veja se esse comportamento é diferente, mas é possível que essa imunidade seja semelhante “, diz Esper Callas, especialista em doenças infecciosas da University of the South Pacific Medical School.

Estudos recentes indicam que a imunidade conferida pelo vírus SARS-CoV-2 deve durar vários meses, mas as vacinas em fase final de teste responderão à questão de saber se a imunidade, seja dada por anticorpos neutralizantes ou por células de defesa, previne ferimentos. A entrada do vírus no organismo ou apenas impede o surgimento de sintomas da doença.

A ciência mostrou que a detecção de anticorpos neutralizantes é a melhor maneira de descobrir se uma pessoa está protegida ou não. E as vacinas em teste até agora geralmente têm uma boa capacidade de estimular esses anticorpos. “

A resposta para a durabilidade da vacina só deve vir com o chamado estágio 4 da vida real. Callas explica que mesmo vacinas muito boas, como o sarampo, podem “perder a potência” com o tempo. Nesse caso, combinar diferentes vacinas, dadas as inúmeras opções disponíveis no mercado, pode ser mais benéfico.

Existem também vários estudos pré-clínicos que devem começar a ser testados em humanos no próximo ano. Essas vacinas, que chegarão mais tarde na corrida, podem oferecer proteções diferentes. É o caso do grupo Incor (Instituto do Coração), que desenvolve uma vacina contra o vírus Sars-CoV-2 a partir de partículas semelhantes a vírus (VLPs).

Coordenados por Jorge Calil, infectologista e ex-diretor do Instituto Butantan, esses testes buscam uma imunidade preventiva e duradoura e, portanto, deve demorar mais para que ele possa avançar para os estágios clínicos.

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O dispositivo de vacinação também deve ser oferecido na forma de gota com inseminação nasal ou oral, que é uma forma mais atrativa principalmente para a logística de transporte e distribuição.

Um grande obstáculo às vacinas que utilizam material genético é a necessidade de serem preservadas em temperaturas extremamente baixas, até -20 ° C (no caso da Moderna) ou mesmo -70 ° C (como a da Pfizer). Até o momento, o Brasil, na rede de frio, não possui geladeiras ou veículos que permitam a distribuição dessas vacinas em todo o país, e nenhum plano foi apresentado para isso.

Os pesquisadores concordam que investir em fábricas, pesquisa e inovação é essencial. A presença de fábricas não apenas produtoras de tecnologia, mas também inovadoras, colocou países como Estados Unidos e China à frente da corrida.

“A Nyaid (do governo dos Estados Unidos) já tinha a plataforma tecnológica. Quando surgiu a Covid, eles usavam apenas o material genético para desenvolver a vacina (da Moderna). O ideal é que o Brasil tenha desenvolvido suas plataformas tecnológicas e, quando vier uma pandemia como essa, podemos agir rápido.

Callas conclui que “o grande legado científico da epidemia de Covid-19 estará na produção de vacinas”.

A informação veio em uma entrevista coletiva na baghouse. No mesmo encontro, representantes do Ministério da Saúde atacaram a defesa do isolamento social, ao contrário do que era preconizado por outros órgãos da área da saúde.

Eles também atribuíram a redução na taxa de mortalidade da Covid-19 ao que eles chamam de “tratamento precoce” – no momento, não há tratamento comprovado para a Covid que possa ser usado precocemente.

O grupo chegou a mostrar um gráfico citando duas datas: a entrada do general Eduardo Pazuelo como ministro da Saúde e a data de lançamento de um protocolo que amplia o uso da cloroquina, que também é um medicamento sem evidências de sua eficácia contra a doença.

No entanto, os especialistas apontaram outros fatores para reduzir a mortalidade a partir desses dois pontos. entre isso Aprendizagem na gestão clínica do paciente.

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