Manifestantes climáticos em Portugal invadem prédio e pedem que ministro renuncie

Por Catarina Dimoni e Miguel Pereira

LISBOA (Reuters) – Centenas de manifestantes revoltados com a crise climática tomaram as ruas de Lisboa neste sábado, quando dezenas invadiram um prédio onde o ministro da Economia de Portugal, Antonio Costa e Silva, estava falando, pedindo a renúncia do ex-executivo do petróleo.

Os manifestantes levantaram faixas e gritaram slogans e exigiram ação climática. Quando alguns manifestantes invadiram o prédio, os manifestantes gritaram: “Saia Costa e Silva!”

Os policiais retiraram os manifestantes do prédio. A rádio portuguesa RTP informou que o ministro saiu do edifício por uma porta dos fundos.

O Ministério da Economia se recusou a comentar.

O protesto em Portugal ocorreu quando líderes mundiais, formuladores de políticas e delegados de quase 200 países se reuniram para a cúpula climática da ONU COP27 no Egito, onde esperam manter o objetivo de evitar os piores efeitos das mudanças climáticas.

Mas alguns ativistas não acreditam que a COP27 resolverá o problema.

“Os COPs não são projetados para combater as mudanças climáticas porque precisarão de mais participação da sociedade civil e menos participação de lobistas da indústria fóssil”, disse Pedro Franco, estudante de 27 anos.

João Duarte, 23, também apontou o dedo para os governos por favorecerem os “interesses monetários” das grandes empresas em vez de colocar as mudanças climáticas no topo da agenda política.

“Não haverá mudança até que os governos deixem de ser os melhores amigos e aliados das grandes empresas”, disse ele.

Promessas de empresas, bancos e cidades de atingir emissões líquidas zero geralmente representam pouco mais do que lavagem verde, disseram especialistas da ONU em um relatório na terça-feira.

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“A situação é grave e urgente”, disse Marta Leandro, vice-presidente do grupo ambiental português Quercus, no protesto em Lisboa. “O que fizermos ou deixarmos de fazer nesta década terá um enorme impacto na segurança climática.”

(Reportagem de Catarina Dimoni, Miguel Pereira e Pedro Nunes em Lisboa; Edição de Diane Kraft)

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