Lisboa: A população estrangeira em Portugal está a aumentar. Foto: CC/Filipe Rocha.
O número de residentes portugueses legalmente registados nascidos fora do país aumentará para 1,04 milhões em 2023.
Destes, 182 mil vieram de outros países da UE, enquanto 858 mil vieram de fora da UE. Isto não inclui os quase 50 mil refugiados ucranianos que receberam asilo após a invasão russa.
De acordo com dados da Agência de Integração, Migração e Asilo (AIMA), foram emitidas 329 mil autorizações de residência sem precedentes em 2023, um aumento de 130 por cento em relação a 2022.
Mais uma vez, tal como acontece com a população não portuguesa em geral, os 38.000 requerentes da UE eram uma minoria, enquanto a maioria das licenças restantes foram para países de língua portuguesa fora da Europa.
Em 2022, o último ano de acordo com os números disponíveis, 31 por cento da população portuguesa não pertencente à UE provinha do Brasil, enquanto Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe representavam 59 por cento.
O Serviço de Imigração, Fronteiras e Asilo (SEF), antecessor do AIMA que foi introduzido em outubro de 2023, também revelou que haverá 45.265 britânicos a viver em Portugal em 2022.
Com o aumento do número de imigrantes, legais e ilegais, além de requerentes de asilo, a AIMA não tem facilidade em lidar com este afluxo, como confirmam os partidos da oposição.
O Partido Social Democrata (PSD) considerou um erro desmantelar o SEF e transferir o seu pessoal para outras instituições oficiais.
Um porta-voz da Direcção de Segurança Pública disse que as filas estavam a aumentar no exterior dos escritórios da AIMA e que, com cerca de 350 mil casos ainda por resolver e mais funcionários prestes a sair, a situação só pode piorar.
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