Juiz do STF diz que gastos planejados por Lula com ajuda não são limitados por teto constitucional – MercoPress

Juíza do STF diz que gastos planejados por Lula com ajuda não são limitados por teto constitucional

Segunda-feira, 19 de dezembro de 2022 – 19:54 UTC


Muitos economistas já temem que os gastos sociais descontrolados de Lula possam embarcar em uma trajetória econômica perigosa.

O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendez disse na segunda-feira que os gastos adicionais para o programa de ajuda Auxilio Brasil em 2023 não se enquadram no teto constitucional de gastos, abrindo caminho para o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva realizar uma de suas campanhas . promete assim que tomar posse, em 1º de janeiro.

Lula prometeu manter o Plano Auxilio Brasil de R$ 600 (US$ 114) para as famílias mais carentes, com um adicional de R$ 150 (US$ 28,5) para crianças menores de 6 anos.

A opinião de Mendez permitiria a Lula gastar o dinheiro sem fazer mudanças na constituição atualmente em debate parlamentar. O Senado deu sinal verde para uma emenda constitucional (conhecida como PEC) que libera 145 bilhões de reais (28 bilhões de dólares americanos) fora do teto de gastos para os próximos dois anos, mas as negociações pararam na Câmara, que está votando em a questão entre segunda e quarta-feira.

Os mercados reagiram com nervosismo aos anúncios devido ao temor de um aumento excessivo dos gastos públicos no governo Lula, que equivale a cerca de 2% do PIB brasileiro. Seria também o maior aumento nos gastos públicos em um único ano desde o início da pandemia de COVID-19.

Apesar do slogan de Lula repetido na campanha eleitoral e das declarações nos últimos dias de que queria “incluir os pobres no orçamento e os ricos na declaração do imposto de renda”, o mercado financeiro tem reagido mal a essa CPE, que muitos esperam que seja . Reduzido na votação da Câmara.

READ  Atualização 1 - Brasil cria menos empregos oficiais do que o esperado em novembro

De acordo com a plataforma de investimentos TradeMap, gastos tão grandes representam um risco inflacionário, enquanto a taxa de câmbio com o dólar americano aumentará as taxas de juros. Sob esse ângulo, o programa de Lula é semelhante ao da ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu impeachment em 2016 e sob a qual o Brasil viveu sua pior recessão nos últimos 100 anos.

Um relatório recente do banco central também alertou para uma possível estagnação do PIB caso o novo governo não exerça a responsabilidade fiscal. Muitos já temem que o Brasil possa estar em um caminho econômico muito perigoso no curto prazo.

Na semana passada, o novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar os investidores dizendo que iria propor um arcabouço fiscal “responsável” e que não era o momento de estimular a economia com aumento de gastos do governo. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse a repórteres na semana passada que as estimativas de inflação de longo prazo são afetadas “em parte” por preocupações financeiras. Ele também desaconselhou o aumento do crédito subsidiado, afirmando que isso poderia reduzir a “força” da política monetária brasileira.

Menos de duas semanas após a posse de Lula, a noção de responsabilidade fiscal parece contradizer relatos recentes de que o futuro governo terá um total de 37 ministérios, mais do que os 14 do atual presidente Jair Bolsonaro.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *