Governo Lula luta para conter desmatamento no Brasil | notícias da crise climática

Dados preliminares mostram que o desmatamento em março aumentou 14% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

O desmatamento no Brasil continuou a aumentar, destacando as dificuldades que o presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta enquanto tenta conter o desmatamento que eclodiu sob seu antecessor.

Dados preliminares divulgados na sexta-feira mostram que o governo ainda não cumpriu essa promessa, com o desmatamento em março aumentando 14% em comparação com o mesmo mês do ano passado.

“Esse aumento de números revela que a região amazônica ainda sofre com uma falta significativa de governança e que o novo governo precisa agir com urgência para reconstruir sua capacidade de reprimir os crimes ambientais, que foi totalmente destruída pelo último governo”, disse Marcio Astrini, chefe do Observatório do Clima, grupo ambiental local, agência de notícias Reuters.

Durante o mandato do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, especialistas alertaram que a escalada do desmatamento estava ameaçando os esforços para enfrentar a crise climática e que as comunidades indígenas que se viram alvo de poderosos interesses comerciais invadindo a floresta tropical, muitas vezes com o apoio tácito da direita de Bolsonaro governo. .

Lula, que tomou posse em 1º de janeiro, prometeu reprimir o desmatamento e proteger os indígenas dos projetos ilegais que impulsionaram sua ascensão.

“Estou aqui para dizer a todos que o Brasil está de volta ao mundo”, disse Lula a uma multidão na conferência do clima COP27 em novembro de 2022. “Todos vocês sabem que teremos uma grande luta contra o desmatamento.”

No entanto, imagens de satélite das Investigações Espaciais Nacionais do INPE mostram que 356 quilômetros quadrados (137 milhas quadradas) foram desmatados em março. De janeiro a março, o desmatamento diminuiu cerca de 11% em relação ao ano anterior.

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Os resultados mistos destacaram os desafios que permanecem após vários anos de aplicação negligente e apoio informal às muitas atividades comerciais ilegais que contribuem para o desmatamento, que Bolsonaro viu como uma forma de desenvolvimento econômico.

“Os números mostram que há um cenário complexo diante do descontrole da região e da retórica dos últimos anos que favoreceu a ilegalidade”, disse Mariana Napolitano, diretora de conservação do Fundo Mundial para a Natureza (WWF). no Brasil, disse à AFP.

“Embora o atual governo tenha mostrado sua determinação em combater o desmatamento com seriedade, levará tempo para mudar o cenário.”

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