Governo brasileiro prevê superávit primário para 2022 de US$ 2,6 bilhões, pela primeira vez em nove anos

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, 6 de junho de 2022. REUTERS/Adriano Machado/Foto de arquivo

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BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro estimou nesta quinta-feira que terá um superávit primário este ano, o primeiro desde 2013, à medida que as contas públicas se beneficiam da alta na receita tributária e dos enormes dividendos das empresas estatais.

O Ministério da Economia esperava um superávit primário de R$ 13,548 bilhões (US$ 2,63 bilhões) para o governo central, incluindo o Tesouro, o Banco Central e a Previdência Social, informou a Reuters nesta quarta-feira.

O número contrasta fortemente com o déficit inicial de 59,354 bilhões de riais em julho e a meta de déficit oficial de 170,5 bilhões de riais para 2022.

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Em comparação com os cálculos feitos há apenas dois meses, o governo melhorou a receita líquida estimada para o ano em 69,9 bilhões de riais, antecipando uma arrecadação de impostos mais forte e um lucro adicional de 25,6 bilhões de riais.

O dividendo foi pago principalmente pela estatal petrolífera Petrobras (PETR4.SA), que viu seus dividendos dispararem à medida que os preços do petróleo dispararam após a guerra na Ucrânia.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, argumentou que a melhoria das receitas responde não apenas ao aumento dos preços das commodities, mas também às reformas implementadas pelo governo, que reduziram a taxa de desemprego e atraíram mais investimentos privados.

O governo também anunciou no relatório a necessidade de congelar mais 2,6 bilhões de riais em gastos para cumprir o teto constitucional de gastos.

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Os detalhes dos cortes serão formalizados no final do mês, aumentando a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro, que está atrasando a campanha de seu adversário de esquerda Luis Inácio Lula da Silva antes da votação de 2 de outubro.

(1 dólar = 5,1437 riais)

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(Reportagem de Marcela Ayres; Edição de Chris Reese e Sandra Mahler)

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