30 de junho (Reuters) – O Google (GOOGL.O) nomeou o ex-presidente brasileiro Michel Temer para pressionar os legisladores que consideram uma proposta para regular a internet, disse seu assessor nesta sexta-feira.
A proposta legislativa, também conhecida como Fake News Bill, colocaria a responsabilidade sobre empresas de Internet, mecanismos de busca e serviços de mensagens sociais para encontrar e denunciar material ilegal, e impor pesadas multas por não fazê-lo.
O projeto de lei preocupa as empresas de tecnologia, com algumas campanhas em suas plataformas para contorná-lo.
Quase dois meses atrás, a Suprema Corte do país sul-americano ordenou uma investigação sobre os executivos do serviço de mensagens sociais Telegram e do Google, que lideraram uma campanha crítica à regulamentação proposta.
O jornal local Folha de São Paulo noticiou primeiro que Temer confirmou que atuou como um “intermediário” entre a empresa e os legisladores por cerca de três semanas.
O assessor de Tamer disse que a empresa indicou o ex-presidente para negociar propostas legais e manter conversas com o parlamento brasileiro.
Temer negou que a Folha tenha conversado com ministros do STF, mas o jornal informou que ele se reuniu com o deputado Orlando Silva, que administra a legislação da Internet, para discutir partes do projeto.
A Suprema Corte do Brasil provavelmente decidirá sobre dois desafios que podem tornar a legislação da Internet mais flexível. A decisão estava marcada para junho, mas foi adiada, segundo a Folha.
O Google não respondeu imediatamente aos pedidos de comentários.
reportagem da Redação Brasil; Escrito por Carolina Police; Edição de David Aller Garcia e David Gregorio
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