Geração 2030: Como a pecuária no Brasil pode significar o fim da Amazônia | Centro de Conhecimento para Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Escrito por Josh Denikoff e Mia Nielsen, estudantes de Mestrado em Desenvolvimento Sustentável, George Washington University

O Objectivo de Desenvolvimento Sustentável 15 (Vida na Terra) é proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, travar e reverter a degradação da terra e travar a perda de biodiversidade. Um dos obstáculos mais importantes para alcançar este objectivo é o que é conhecido como a tragédia dos bens comuns ambientais globais. Este problema surge quando os indivíduos têm acesso a um recurso ambiental comum e agem no seu próprio interesse, à custa dos outros. Em nenhum lugar o problema é maior hoje do que nas florestas do mundo.

As florestas são um dos ecossistemas mais importantes da TerraTanto para a vida selvagem quanto para os humanos. As florestas funcionam como um enorme depósito de carbono, são essenciais para a manutenção dos padrões regionais de precipitação e albergam 80% de todas as espécies de vida selvagem terrestre. Mais de 1,6 bilhão de pessoas dependem das florestas Para madeira, alimentos, combustível, empregos e abrigo. Apesar da importância das florestas, o desmatamento é considerado uma das questões ambientais mais importantes do mundo. A Terra perdeu cerca de 15% de suas florestas no último século Para exploração madeireira, agricultura e crescimento populacional. O desmatamento é particularmente prevalente na floresta amazônica do Brasil.

No Brasil, o desmatamento é em grande parte impulsionado pela atividade humana, especialmente a agricultura. A pecuária e a soja são os principais impulsionadores do desmatamento da Amazônia. A pecuária é responsável por 80% do desmatamento atual na região amazônica. Para limpar terras para o gado, os fazendeiros provocam incêndios grandes e poderosos que destroem milhares de plantas e animais e seus habitats.

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Durante a era do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, Mais de 34 mil quilômetros quadrados (8,4 milhões de acres) da Amazônia desapareceram (Uma área maior que todo o país da Bélgica). Com quase 60% da floresta amazônica localizada dentro das fronteiras do Brasil, a liderança e as políticas do país têm um enorme impacto nos “pulmões da Terra”. Bolsonaro reduziu as regulamentações ambientais e tornou mais fácil para os fazendeiros confiscar terras tanto legal quanto ilegalmente.

O actual Presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez da detenção da desflorestação uma prioridade da sua administração, com sucesso moderado (embora encorajador). enquanto A taxa de desmatamento diminuiu no governo LulaNo Centro de Transformação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentávelrelatório para 2023o Brasil recebeu uma pontuação de 61,65/100 pelo seu progresso na consecução do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 15, o que significa que grandes desafios, como o desmatamento permanente, continuam.

Cientistas temem que a Amazon possa atingir o “ponto de inflexão” Do desmatamento onde, uma vez ultrapassado, a floresta tropical pode secar e se transformar em extensa savana. Isto seria desastroso para o mundo, exacerbando os efeitos das alterações climáticas, da fome mundial e da perda de biodiversidade. Portanto, é essencial identificar e implementar rapidamente soluções para o desmatamento. No entanto, também é essencial que as soluções para o desmatamento não prejudiquem a economia e o abastecimento alimentar dos brasileiros. São necessárias abordagens políticas coerentes.

Uma solução potencial para mitigar o desmatamento no Brasil envolve a expansão de práticas sustentáveis ​​de pecuária. Iniciativa 20×20Este esforço liderado por países, apoiado por parceiros financeiros e técnicos, procura mudar a dinâmica da degradação da terra na América Latina e nas Caraíbas (ALC), comprometendo-se a proteger e restaurar 50 milhões de hectares de paisagens diversas que incluem florestas, plantações e áreas naturais. . Almarai até 2030.

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A Iniciativa 20×20 ressalta o compromisso de seus membros em promover a pecuária sustentável na região amazônica, com o objetivo principal de conciliar interesses econômicos com considerações ambientais. A pecuária sustentável envolve a adoção de práticas que reduzam os impactos ambientais, como o pastoreio rotativo, a agrossilvicultura e a manutenção de corredores ecológicos.

A incorporação de árvores em áreas de pastagem não só aumenta a biodiversidade, mas também contribui para ela Sequestro de carbono. Por exemplo, os pecuaristas da região do Pantanal do Brasil têm utilizado práticas sustentáveis ​​de criação de gado há gerações, evitando o desmatamento e deixando para trás plantas nativas. como resultado de, Mais de 80% de sua vegetação original permanece, junto com animais vulneráveis, como onças, cervos-do-pantanal e queixadas. A região do Pantanal mantém sua biodiversidade mesmo com 3 mil fazendas pecuárias cobrindo 90% de seu território.

Espera-se que estas iniciativas produzam impactos indirectos positivos, promovendo uma gestão responsável da terra, melhorando assim os meios de subsistência, gerando emprego e contribuindo para a redução da pobreza. Além disso, estes esforços são consistentes com o ODS 12 sobre padrões de produção e consumo sustentáveis ​​e, portanto, têm potencial para aumentar a produtividade e a resiliência às alterações climáticas.

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