Dados de inflação no Brasil mostram aceleração em maio

Escrito por Gabriel Borin

(Reuters) – Os dados de preços ao consumidor do Brasil para maio provavelmente mostrarão uma aceleração da inflação, refletindo os danos causados ​​pelas recentes enchentes catastróficas no sul, de acordo com uma pesquisa da Reuters publicada nesta segunda-feira.

A inflação anual, esperada em 3,89%, poderia ter se desviado ainda mais da meta oficial de 3% +/- 1,5 pontos percentuais, mas isso poderia ser atribuído a interrupções temporárias na produção e na logística causadas por fortes chuvas no Rio Grande. Do estado de Seul.

Os dados de preços a serem publicados na terça-feira devem mostrar um aumento mensal de 0,42% em maio contra 0,38% em abril e 3,89% em termos anuais contra 3,69%, de acordo com as estimativas médias de 23 economistas entrevistados de 5 de maio a junho. 10.

“Esta divulgação provavelmente começará a reverter os efeitos das enchentes no sul do Brasil. Embora a inflação de alimentos no país tenha desacelerado mês a mês, pode acelerar ano a ano de 2,6% para 2,9%”, escreveram analistas do UBS em um relatório.

“Esperamos que (a inflação dos preços dos alimentos) atinja um pico de 4% em junho, antes de desacelerar para 3,4% em agosto e 3,1% no final do ano”, disse ele. “Embora a maioria dos efeitos sejam temporários, acreditamos que a maior parte. os preços dos alimentos estão subindo.” “A partir de maio e junho eles poderão retornar nos meses subsequentes”.

No seu mais recente esforço para conter as consequências económicas das cheias históricas que mataram mais de 170 pessoas, o Brasil comprou 263.370 toneladas métricas de arroz importado num raro leilão para evitar a subida dos preços.

Alguns dados preliminares mostraram que a inflação alimentar causada pelas cheias foi inferior ao inicialmente esperado. Contudo, muitos economistas, incluindo a liderança tradicional do banco central, continuam preocupados com as tendências a longo prazo.

As expectativas de inflação continuaram a avançar para 4% este ano, dado o mercado de trabalho relativamente forte, as preocupações contínuas do lado financeiro e as opiniões divergentes entre os decisores políticos do Banco Central do Brasil (BCB).

“A economia ainda está a crescer perto do seu potencial, o mercado de trabalho continua a contrair-se e o real brasileiro está sob pressão por várias razões nacionais e globais”, escreveram economistas da Société Générale num relatório.

“Um processo muito lento de moderação da inflação poderá ser retomado depois de julho, mas não esperamos que a inflação caia para perto da meta do banco central brasileiro… ao longo do horizonte político.”

A economia brasileira cresceu 2,5% em termos anuais no primeiro trimestre, recuperando-se de um segundo semestre lento de 2023.

No mês passado, o ministro das Finanças do Brasil negou que o governo estivesse a considerar alterar a meta de inflação depois de chamar a meta de 3% de “muito exigente”, acrescentando que preferia um período mais longo do que o ano civil atual para avaliar o cumprimento da mesma.

(Reportagem e pesquisa de Gabrielle Boren; edição de Susan Fenton)

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