Conheça o Telecine, empresa brasileira que quer adquirir a Netflix

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A operadora brasileira de streaming de mídia Telecine quer competir com a Netflix, impulsionando a transformação com uma experiência digital personalizada do cliente, alimentada por tecnologias baseadas em dados em sua essência.

É difícil: a Netflix tem a maior fatia do bolo de streaming no Brasil, com cerca de 78 plataformas, com 18% de participação de mercado, enquanto o Telecine tem apenas 4%, segundo dados da consultoria Business Bureau.

O Telecine é uma joint venture entre o grupo de mídia local Globo e os estúdios de Hollywood Paramount, MGM, Universal e Fox. Afirma ser a única empresa no mundo com um portfólio de cerca de 2.000 títulos recentes de sete grandes estúdios de Hollywood, bem como títulos que coproduz localmente.

Tal oferta torna o Telecine único e competitivo, segundo Ildis Mattiozzo, gerente geral da empresa. O CEO liderou anteriormente a Youse, o braço de seguros da Caixa Econômica Federal, um dos maiores bancos do Brasil, bem como uma série de empreendimentos de alta tecnologia, incluindo sua própria tecnologia de seguros, a Bidu.

“Somos uma marca reconhecida e sinônimo de cinema em nosso país natal, o Brasil, por isso temos uma vantagem competitiva relevante quando se trata de cinema”, observa Mattioso.

“Do ponto de vista do conteúdo, somos líderes de mercado e isso nos dá confiança para competir pelo tempo dos usuários em pé de igualdade”, acrescenta.

Tornando-se uma empresa de tecnologia

O objetivo do Telecine é usar seu conteúdo para se tornar o que Mattiuzzo descreve como um “hub de cinema”, oferecendo opções relevantes a qualquer usuário por meio de uma plataforma de streaming que atenda às necessidades de qualquer dispositivo.

“Isso exigirá transformar o Telecine em uma empresa de tecnologia, utilizando dados para entregar conteúdo personalizado aos usuários, desde o momento da assinatura até o uso real da plataforma até o atendimento ao cliente”, afirma o executivo.

“Estamos contratando os melhores profissionais com expertise em ciência de dados, experiência do usuário e interface, bem como design de produto e engenharia de software, que se unirão aos nossos especialistas em conteúdo e curadoria para entregar uma experiência cinematográfica incomparável no Brasil.” Adicionar.

A equipe terá a tarefa de transformar a plataforma de transmissão ao vivo do Telecine, o que incluirá o redesenho do produto e a implementação de uma plataforma de gerenciamento de dados. Além disso, a equipe apoiará tecnologias que suportem novas ofertas, como aluguel e compra de filmes, bem como experimentos em torno do modelo freemium.

Personalize a experiência do cliente

Alcançar o estágio em que seus concorrentes tecnologicamente avançados estão exigirá que o Telecine aumente significativamente o uso de uma gama de tecnologias emergentes para conquistar e reter usuários.

“O setor de streaming ao vivo é talvez um dos principais setores onde a tecnologia está sendo usada de forma mais intensiva para oferecer uma experiência de usuário que seja verdadeiramente relevante para o usuário”, destaca Mattiozzo.

Segundo o CEO, a ideia é oferecer uma experiência “hiperpersonalizada” aos clientes, e a transformação digital em curso envolve o processo de reimaginar a jornada do usuário e medir seu engajamento com todas as melhorias oferecidas.

“Nosso maior desafio é personalizar nossa jornada não apenas para um usuário, mas para dezenas de milhões de usuários, e isso só é possível colocando o consumidor no centro do nosso negócio, descobrindo como ele nos encontra, como experimenta nossa plataforma , como eles compram e como usam nosso produto de maneira eficaz.

O aprendizado de máquina é um dos principais impulsionadores de muitas decisões empresariais em tecnologia e negócios, com aplicações que vão desde marketing e design de produtos até interpretação de conteúdo e rotulagem entre plataformas, afirma o executivo.

O streaming com taxa de bits adaptável para fornecer a melhor qualidade de vídeo possível e a melhor experiência ao espectador, independentemente da conexão, software ou dispositivo, é outra tecnologia importante usada pelo Telecine para garantir que o conteúdo chegue aos assinantes e superar as limitações na infraestrutura de distribuição de dados no Brasil.

“Na próxima década, a banda larga chegará a cerca de 70% dos domicílios no Brasil, mas a qualidade desse serviço nem sempre é adequada ao consumo de vídeo”, afirma Mattioso.

“Isso significa que cabe a nós, neste setor, criar a tecnologia para adaptar os nossos conteúdos a essa infraestrutura e equipar os dispositivos que nos permitam entregar conteúdos através de cache”, acrescenta.

“Também cabe a nós customizar nossa plataforma de acordo com as limitações que os usuários possam enfrentar, fazendo com que nosso conteúdo chegue com melhor qualidade a todos os dispositivos.”

Enfrentando desafios

O acesso a uma mão de obra qualificada também é um problema que as empresas de alta tecnologia costumam encontrar no Brasil, e é também o caso do Telecine, que pretende contratar pelo menos 30 funcionários adicionais em áreas como engenharia de software e ciência de dados.

“[Such professionals] Eles estão se tornando cada vez mais raros e procurados. “Para atraí-los é preciso criar uma cultura de inovação, independência e aprendizado, porque eles são atraídos muito mais por desafios do que apenas por recompensas financeiras”, afirma Mattiozzo.

Manter os créditos do Telecine como referência na transmissão cinematográfica e posicioná-lo como uma opção atrativa em relação à concorrência mais proeminente é claramente um grande desafio. Mas Mattiozzo acredita que a transformação digital que ele conduz será fundamental para trazer os atributos da empresa para o primeiro plano.

“Nossa plataforma oferece conteúdo de sete grandes estúdios de Hollywood. Isso é único no Brasil e no mundo – por isso temos que aproveitar esse diferencial para atrair consumidores para testar nosso produto, divulgar nossa nova proposta de valor e mostrar que somos uma empresa hub de conteúdo que atende às necessidades de todos.

“Todos fazemos as nossas escolhas de entretenimento com base nas recomendações de amigos, críticos e influenciadores – e no mundo do cinema, somos certamente os melhores amigos do consumidor.”

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