Câmara dos Deputados do Brasil aprova projeto de lei para aumentar tetos de gastos para programa de bem-estar social Por Reuters

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© Reuters. Visão geral mostra o plenário da Câmara dos Deputados durante a sessão de votação da emenda constitucional que aumenta o teto de gastos do governo em Brasília, Brasil, 20 de dezembro de 2022. REUTERS/Adriano Machado

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BRASÍLIA (Reuters) – A Câmara dos Deputados do Brasil aprovou nesta quarta-feira uma emenda constitucional para aumentar os limites de gastos do governo para manter os pagamentos de assistência social às famílias pobres no próximo ano, em uma promessa de campanha para o próximo presidente do país.

Em uma grande vitória para o novo presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva, a assembléia votou 331 a 163 para aprovar o projeto de lei que aumentaria o teto de gastos em 145 bilhões de riais (US$ 28 bilhões) por um ano para financiar pagamentos de 600 riais. No âmbito do programa de assistência social Bolsa Família.

A alteração permitirá ainda o pagamento de um valor adicional às famílias com filhos até aos seis anos, para além de outros programas sociais.

O projeto de lei, que agora está sendo passado ao Senado para uma segunda votação, também excluiria 23 bilhões de riais de receitas extraordinárias de investimentos públicos do teto de gastos, entre outras medidas para garantir gastos sociais.

O novo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse a repórteres que a vitória confortável na Câmara dos Deputados foi um bom teste de apoio político para o futuro governo no Congresso.

Haddad também pretende enviar um novo arcabouço fiscal ao Congresso para substituir o teto de gastos no primeiro semestre de 2023. Segundo o futuro ministro, uma vez aprovado, o novo conjunto de regras ajudará a regular as finanças públicas.

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Na terça-feira, os legisladores reduziram a vida útil da proposta para um ano, de um período de dois anos previamente planejado. Os senadores agora votarão o projeto novamente para aprovar as mudanças.

A equipe de transição de Lula propôs inicialmente uma emenda que isentava 175 bilhões de riais em financiamento da previdência social do teto de gastos para cada um dos quatro anos de seu mandato presidencial. Mas o Senado reduziu isso no início deste mês.

Um juiz da Suprema Corte emitiu no domingo uma liminar que exclui o programa Bolsa Família do teto de gastos, dando luz verde temporária para estender os pagamentos até o próximo ano, mesmo que os legisladores rejeitem o projeto.

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