Bolsonaro confirma que novo pacote de ajuda emergencial está em discussão

RIO DE JANEIRO / BRASILIA (Reuters) – O Brasil se prepara para uma nova rodada de transferências emergenciais de dinheiro para milhões de pessoas pobres e vulneráveis, disse o presidente Jair Bolsonaro nesta segunda-feira, acrescentando que qualquer pacote levaria em consideração as preocupações dos investidores sobre a fragilidade do governo finanças. .

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala a jornalistas após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em Brasília, Brasil, em 27 de janeiro de 2021. REUTERS / Osli Marcelino

Os comentários de Bolsonaro vieram depois que uma fonte do governo envolvida nas negociações disse à Reuters que o programa seria menor do que no ano passado, que terminou em 31 de dezembro, e viria com mais condições.

“Acho que haverá uma prorrogação”, disse Bolsonaro em entrevista à TV Brasil Urgente.

Não fugiremos do caso de ajuda de emergência. “Grande parte da população está em dificuldades”, disse Bolsonaro, alertando que mais estímulos fiscais devem ser feitos com responsabilidade.

Do contrário, os mercados financeiros podem ficar horrorizados e o rial pode cair para US $ 6 por dólar, alertou Bolsonaro.

Na manhã de segunda-feira, uma fonte do governo disse que a proposta envolvia três parcelas mensais de 200 riais (US $ 37), visando milhões de trabalhadores informais que ainda não haviam participado do programa de benefícios “Bolsa Família”, a um custo de cerca de 6 bilhões de riais (US $ 1,1 bilhão) por mês.

Arthur Lyra, o recém-eleito presidente da Câmara dos Representantes, twittou na manhã de segunda-feira que ambas as casas e o poder executivo deveriam implementar um programa aplicável “aos que mais precisam”, com “limites de gastos sempre respeitados”.

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O senador Rodrigo Pacheco disse à GloboNews que está muito otimista com a possibilidade de montar um pacote esta semana, mas também destacou que deve ser compatível com o controle das finanças públicas.

O teto de gastos constitucionais do governo limita o crescimento dos gastos públicos à taxa de inflação do ano anterior. O ministro da Economia, Paulo Guedes, insiste que é a “super âncora financeira” do governo e não deve ser violada.

Os gastos de emergência foram aprovados no ano passado sob o orçamento de “estado de desastre” e não seguiram as regras orçamentárias usuais, o que significa que o limite não foi oficialmente quebrado.

Os mercados financeiros estão ficando preocupados com a possibilidade de o teto ser quebrado este ano se o governo reativar o estímulo epidêmico de emergência, aumentar as taxas de juros de mercado e baixar a moeda.

($ 1 = 5,40 riais)

(Relatório) apresentado por Rodrigo Vega Jair e Ricardo Brito; Co-reportagem de Jimmy McGiver. Edição de Toby Chopra e Bill Berkrot

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