A OCDE pede ao Brasil que reforce a aplicação da lei contra o suborno estrangeiro

BRASÍLIA (Reuters) – O Brasil deve implementar reformas urgentes para aproveitar o progresso recente no combate ao suborno estrangeiro, disse o grupo de trabalho sobre suborno da OCDE nesta quinta-feira.

O seu relatório elogiou o Brasil por processar esquemas de suborno estrangeiro em grande escala através de decisões extrajudiciais em três casos, mas afirmou que apenas um número limitado de ações de execução continuavam em curso e ninguém tinha sido condenado.

“O grupo de trabalho está preocupado com a possibilidade de o Brasil não ser capaz de manter o nível de fiscalização do suborno estrangeiro que alcançou nos últimos anos”, afirmou o relatório. “O Brasil poderia detectar e fiscalizar melhor o crime de suborno estrangeiro.”

As autoridades brasileiras investigaram apenas 28 das 60 alegações de suborno estrangeiro, das quais 49 diziam respeito a cinco empresas que já haviam sido acusadas ou sancionadas em conexão com suborno estrangeiro, de acordo com o relatório.

O grupo de trabalho acrescentou que embora três empresas tenham sido sancionadas por suborno estrangeiro através de acordos de leniência e a Controladoria-Geral do Brasil tenha iniciado processos de execução contra um grupo de empresas, nenhum indivíduo recebeu condenações definitivas.

O relatório recomendou que o Brasil expandisse as penalidades para suborno estrangeiro envolvendo indivíduos e revisse sua estrutura de proteção de denunciantes para melhorá-la.

Relatórios de Anthony Poudel. Editado por Bernadete Baum

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