A maioria dos países latino-americanos são desiguais de acordo com o coeficiente de Gini

Com base no grau de desigualdade na distribuição de renda medido pelo coeficiente de Gini, o Brasil era o país mais desigual da América Latina em 2022. O coeficiente de Gini do Brasil era de 52,9. A República Dominicana teve o coeficiente de Gini mais baixo, 38,5, ainda inferior ao Uruguai e ao Chile, dois dos países com os índices de desenvolvimento humano mais elevados da América Latina.

Coeficiente de Gini

O coeficiente de Gini mede o desvio da distribuição do rendimento entre indivíduos ou famílias num determinado país em relação a uma distribuição perfeitamente igual. Um valor de 0 representa igualdade absoluta, enquanto 100 seria o maior grau possível de desigualdade. Esta medida reflecte o grau de desigualdade de riqueza num determinado momento, embora possa não conseguir captar até que ponto os níveis médios de rendimento melhoraram ou pioraram ao longo do tempo.

O que afeta o coeficiente de Gini na América Latina?

A América Latina, tal como outras regiões em desenvolvimento do mundo, apresenta geralmente elevadas taxas de desigualdade, com o coeficiente de Gini variando entre 38 e 54 pontos, de acordo com os últimos dados disponíveis do período de referência de 2010-2021. De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano, a redistribuição da riqueza através de transferências fiscais melhora menos o coeficiente de Gini na América Latina do que nas economias avançadas. Por outro lado, a expansão do acesso à educação e aos serviços de saúde demonstrou ter um impacto mais directo na melhoria das medições do coeficiente de Gini na região.

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