O regulador brasileiro aceita as regras de leilão do espectro 5G, não proibindo a Huawei

O logotipo da Huawei aparece no Mobile World Congress (MWC) em Xangai, China, em 23 de fevereiro de 2021. REUTERS / Aly Song

A Anatel, o regulador brasileiro de telecomunicações, aprovou quinta-feira as regras para o leilão de espectro 5G deste ano sem quaisquer restrições à empresa chinesa Huawei Technologies (HWT.UL) como fornecedora de equipamentos.

O presidente de direita, Jair Bolsonaro, criticou a empresa chinesa no ano passado e foi pressionado pela administração anterior de Trump para banir a Huawei do mercado 5G do país devido a questões de segurança.

As empresas de telecomunicações brasileiras insistiram no mercado livre, reclamando que excluir a Huawei custaria bilhões de dólares para substituir o equipamento da empresa chinesa que fornece 50% de suas redes 3G e 4G existentes.

No entanto, as regras para o leilão previsto para junho têm termos caros, como exigir que as empresas de telecomunicações mudem até o próximo ano para uma tecnologia mais avançada com redes independentes que não dependem de sua tecnologia atual.

Eles também terão que cobrir a vasta região amazônica com conectividade de banda larga, em grande parte usando cabos de fibra ótica instalados em rios, e construir uma rede segura separada para o governo federal.

Representantes da indústria disseram que a Huawei, maior fabricante mundial de equipamentos de telecomunicações, não poderia ser excluída do mercado 5G no Brasil porque, junto com o custo, faria o país retroceder em três a quatro anos em tecnologia.

Duas das maiores empresas de telecomunicações do Brasil, Telefonica Brasil SA e Claro, de propriedade da mexicana America Movil (AMXL.MX), estão pressionando por uma transição de 5 anos para redes autônomas mais avançadas.

“A situação autônoma exige uma mudança na essência das redes atuais e nos fará retroceder anos”, disse Vivian Suruaji, presidente da Feninfra, um lobby que representa 137 mil empresas que constroem e mantêm redes de telecomunicações.

Suruaji disse que as regras devem ser aprovadas pelo Tribunal de Contas da União, TCU, já que as empresas de telecomunicações esperam que as difíceis circunstâncias do governo possam mudar.

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