Centenas de mineiros ilegais migram para a Amazônia em busca de ouro

Centenas de navios operados por mineradores ilegais afluíram para um grande afluente do rio Amazonas devido a rumores de uma recente descoberta de ouro, enquanto as autoridades estaduais e federais estão em um impasse quanto à autoridade reguladora.

Reportagens da mídia dizem que jangadas de dragagem envolvidas na mineração ilegal se acumularam no rio Madeira, um importante afluente da floresta amazônica.

“Contamos pelo menos 300 jangadas. Eles passaram pelo menos duas semanas e o governo não fez nada”, disse a ativista brasileira do Greenpeace Danielle Aguiar à Reuters.


Esta foto postada pelo Greenpeace mostra acomodações e instalações de mineração no rio Madeira perto da comunidade de Rosarinho, em Utazes, estado do Amazonas, Brasil, 23 de novembro de 2021. (Foto AFP)
Esta foto postada pelo Greenpeace mostra acomodações e instalações de mineração no rio Madeira perto da comunidade de Rosarinho, em Utazes, estado do Amazonas, Brasil, 23 de novembro de 2021. (Foto AFP)

A corrida do ouro, desencadeada por rumores de ouro sendo encontrado lá, começou quando os líderes mundiais se reuniram na conferência climática das Nações Unidas em Glasgow, onde o Brasil se comprometeu a intensificar a proteção da floresta amazônica.

No entanto, o presidente de extrema direita Jair Bolsonaro enfraqueceu a aplicação da lei ambiental desde que assumiu o cargo em 2019, fechando os olhos para a invasão de terras protegidas públicas e indígenas por madeireiros ilegais.

O rio Madeira flui cerca de 2.000 milhas (3.300 km) de sua nascente na Bolívia através das florestas tropicais do Brasil e no rio Amazonas.


Uma vista aérea mostra centenas de jangadas de dragagem operadas por mineiros ilegais reunidas na corrida do ouro na Madeira, um importante afluente do rio Amazonas nas Utases, estado do Amazonas, Brasil, 23 de novembro de 2021 (Reuters Photo)
Uma vista aérea mostra centenas de jangadas de dragagem operadas por mineiros ilegais reunidas na corrida do ouro na Madeira, um importante afluente do rio Amazonas nas Utases, estado do Amazonas, Brasil, 23 de novembro de 2021 (Reuters Photo)

Jangadas de dragagem percorriam rio abaixo da região de Himita, onde houve um aumento na extração ilegal de ouro, e foram vistas pela última vez a 400 milhas (650 km) de distância em Utazis, município a sudeste de Manaus, a maior cidade do Amazonas.

A dragagem ilegal do rio Madeira não é responsabilidade do governo federal, mas do estado do Amazonas e seu órgão ambiental, IPAAM, porta-voz da Agência Brasileira de Proteção Ambiental, IPAMA, disse.

Os barcos atracados no rio são de jurisdição federal, informou o IPAAM em nota, portanto a responsabilidade pelo licenciamento cabia à Agência Nacional de Minas (ANM) e cabia à Polícia Federal apurar se houve algum crime. Ebam disse que o tráfego fluvial e a poluição são a área marinha.


Esta foto divulgada pelo Greenpeace mostra as instalações e alojamentos de mineração no rio Madeira perto da comunidade de Rosarinho, em Autazes, estado do Amazonas, Brasil, 23 de novembro de 2021. (Foto AFP)
Esta foto divulgada pelo Greenpeace mostra as instalações e alojamentos de mineração no rio Madeira perto da comunidade de Rosarinho, em Autazes, estado do Amazonas, Brasil, 23 de novembro de 2021. (Foto AFP)

A ANM disse que não está sob a sua jurisdição, visto que apenas supervisiona a mineração legal, enquanto a atividade criminosa está na competência da polícia e dos tribunais.

A Polícia Federal afirmou que está estudando a melhor forma de lidar com o problema e prevenir danos ambientais.

“É gratuito para todos. Nenhuma das autoridades está fazendo nada para impedir a mineração ilegal, que se tornou uma epidemia na Amazônia”, disse Aguiar, do Greenpeace Brasil.

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