Reino Unido contesta a alegação de Bolsonaro do Brasil de que Johnson buscava um acordo alimentar emergencial

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira que o primeiro-ministro britânico Boris Johnson, com quem se encontrou esta semana em Nova York, pediu-lhe um acordo emergencial para fornecer um produto alimentício que faltava à Grã-Bretanha.

Um porta-voz do escritório de Johnson questionou o relato de Bolsonaro, dizendo que não era a lembrança de Downing Street da conversa sem dar mais detalhes.

Bolsonaro, falando em sua transmissão online semanal para seus apoiadores, não deu o nome do produto, mas disse que havia repassado o pedido de Johnson à secretária de Agricultura, Teresa Cristina.

“Ele quer um acordo emergencial conosco para importar um tipo de alimento que não existe na Inglaterra”, disse.

Presidente brasileiro Jair Bolsonaro observa durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, Brasil, 14 de setembro de 2021. REUTERS / Adriano Machado

O gabinete do presidente não respondeu imediatamente a um pedido de esclarecimento.

O aumento dos preços do gás natural fez com que algumas fábricas de fertilizantes britânicas fechassem nas últimas semanas, levando a uma escassez de dióxido de carbono usado para colocar gás em cerveja e refrigerantes e para atordoar aves e porcos antes do abate. Consulte Mais informação

O governo britânico, em um esforço para evitar a escassez de carnes e aves, procurou apoiar a emergência e alertou os produtores de alimentos para se prepararem para um aumento de 400% nos preços do dióxido de carbono.

Ministros, incluindo Johnson, ignoraram os avisos de alguns fornecedores de que poderia haver escassez de comida tradicional de Natal, como peru assado.

Bolsonaro disse que Johnson também pediu a ele para ajudar a aumentar as importações brasileiras de uísque da Grã-Bretanha, mas acrescentou em sua conversa nas redes sociais que isso se deve a empresas privadas e não a seu governo.

(Reportagem de Maria Carolina Marcelo e Anthony Boudl) Edição de Aurora Ellis, Peter Cooney e Barbara Lewis

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