20% dos portugueses trabalham remotamente

Trabalhar a partir de casa é cada vez mais habitual entre os trabalhadores nacionais e, no segundo trimestre, 908 mil portugueses estão a trabalhar remotamente. 18,3% do total da população activa neste período – 4979,4 mil pessoas – um aumento de 0,4% face ao terço anterior.

“Há uma oportunidade na forma como as pessoas veem o trabalho. Em todos os setores, em todos os serviços, suporte ou funções de TI, as pessoas querem saber se o trabalho remoto será incluído nas propostas de trabalho. Com o teletrabalho, não há dúvida de que, com o aumento horas de trabalho em casa, os profissionais conseguem maior flexibilidade e conciliam a vida profissional com a pessoal.”

Nos últimos três meses, 960 mil pessoas confirmaram trabalhar em casa (19,3% da população ocupada). Mas o Instituto Nacional de Estatística dá mais detalhes sobre este segmento de trabalhadores. Destes, 248,6 mil sempre trabalharam de casa (25,9%); 330,1 mil deles o faziam “regularmente” em sistema que mesclava escritório e trabalho remoto (34,4%); Outros 142,2 mil trabalham de casa “dentro do horário” (14,8%), enquanto outros 232,9 mil trabalham de casa “fora do horário” (24,3%).

No primeiro trimestre de gravidez, o Instituto Nacional de Estatística registou um aumento de 2,8% entre as que misturam trabalho de escritório com trabalho remoto, ao que se chama de modelo híbrido.

Entre os que afirmaram trabalhar a partir de casa “regularmente”, num sistema que concilia o trabalho remoto com o trabalho atual, o sistema mais popular mantém alguns dias remotos por semana, abrangendo 228,6 mil pessoas (69,3%), tendo sido “o sistema que registrou a maior diferença” em um terço (2,4% em relação ao primeiro trimestre de 2023) ”, afirmou o órgão. Os funcionários do sistema híbrido trabalham em média três dias por semana.

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O número de pessoas a trabalhar remotamente – ou seja, a utilizar as tecnologias de informação para desempenhar funções a partir de casa, conforme definido pelo Instituto Nacional de Estatística – registou também um crescimento de 0,4% para 908 mil face ao terço anterior. Ou seja, 18,3% do total da população trabalhadora.

João Cerejera respondeu: “É um número muito alto.” “Sabemos que há algumas empresas a fugir dos centros das cidades para reduzir as despesas com alugueres e reduzir o espaço de escritório. Também há interesse das empresas neste sentido, embora o tempo e o custo das deslocações, que reduz, também beneficie a perspetiva do trabalhador”, nota economista da Universidade do Minho . “Provavelmente existe esse modelo híbrido que se reflete nos números aqui.”

O professor da Universidade do Minho recordou ainda o fenómeno da “mudança de empresas para Portugal, nomeadamente estrangeiras” e que “o crescimento nas áreas informáticas tem sido pouco nestes modelos híbridos”. “Não apenas tecnologias, mas também empresas privadas prestadoras de serviços de back-office, ainda mais jovens do que necessariamente velhas.”

“O perfil do trabalhador português é alguém com formação superior, residente nas áreas metropolitanas de Lisboa ou Porto. Entretanto, o trabalho remoto está a crescer e a permitir novos postos de serviço como Évora, Castelo Branco, Covilhã e Arquipélago”, explicou Ricardo Carneiro da Multipessoal.

Efetivamente, das 908 mil trabalhadoras inscritas no segundo trimestre de gravidez, 403,7 mil residem na Grande Lisboa, que é a maior concentração deste tipo de trabalhadoras seguida das regiões Norte e Centro (238,9 mil, 174,8 mil). Alentejo (42,5k), Algarve (24,2k), Madeira (15,3k) e Açores (9,4k) são os restantes classificados.

Desses 900 mil, a grande maioria (678,7 mil) possuía ensino superior. Eles são empregados principalmente por terceiros (724,3 mil) com contratos por tempo indeterminado (600,5 mil) e prestam serviços (793,3 mil), principalmente em educação (182,6 mil), tecnologia da informação (135,1 mil) e consultoria (115,1 mil). ). O número de mulheres é um pouco maior, 461,3 mil contra 447,6 mil homens.

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Assistimos ao crescimento de um novo tipo de emprego no país? “É sempre uma extrapolação complexa de diferenças triplas, mas os dados mais recentes sugerem que o trabalho remoto/híbrido vai continuar a crescer no futuro,” disse Ricardo Carneiro.

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