Você sabia que Michael Jackson fechou Salvador, Brasil, há 25 anos?

Vinte e cinco anos atrás, Michael Jackson W. Olodumfamoso grupo musical afro-brasileiro, colaborou na filmagem do videoclipe da música “They Don't Care About Us”.

Spike Lee foi contratado para produzir o curta-metragem da música.

O filme foi filmado em salvador, Brasil em 9 de fevereiro. Esta data é conhecida como o dia em que Michael Jackson assumiu o poder salvadorporque literalmente toda a cidade parou para ver o Rei do Pop se apresentar nas ruas do histórico Pelorino – bairro localizado na região central de Salvador.

Como Spike Lee explicou durante uma apresentação no TedX Brooklyn em 2013, Michael queria que ele fizesse “um curta-metragem, não um videoclipe” para uma música do próximo álbum “HIStory”.

Depois que os dois concordaram com a música, eles viajaram para o Brasil, onde Lee recomendou o uso da bateria do Olodum como parte da produção do filme, os mesmos músicos usados ​​por Paul Simon em seu álbum no topo das paradas, Rhythm of the Saints.

“Os artistas geralmente não querem que você toque na faixa, mas Michael estava aberto à ideia, e o resultado foi uma das melhores experiências do diretor com o cinema”, disse Lee.

Algo aconteceu quando eles adicionaram a bateria, lembra Lee. As pessoas continuaram dançando muito depois de a música terminar.

“Eles ainda estão tocando”, Lee se lembra de ter dito a Michael, enquanto a produção do vídeo terminava.

Tanto Michael Jackson quanto Spike Lee ficaram muito impressionados com a música poderosa do Olodum.

O Olodum é considerado uma das bandas afro-brasileiras mais populares dos últimos 40 anos. Seu nome vem do deus iorubá Olodumare. Eles concentram os seus temas anuais de carnaval em questões controversas como o Black Power e os movimentos socialistas em África e na diáspora africana.

A coleção é conhecida por destacar vozes afro-brasileiras na história, arte e cultura. As Nações Unidas o incluíram na lista do patrimônio cultural imaterial do estado da Bahia, e o grupo tornou-se uma das mais importantes expressões da música mundial. O Olodum também está ajudando o setor turístico de El Salvador, destacando a abordagem africana da cidade.

Olodum no Carnaval de Salvador | Crédito da imagem; Governo do Estado da Bahia

O Olodum foi criado inicialmente como uma opção de entretenimento para os moradores do Pelourinho (bairro negro de El Salvador), com o objetivo de curtir o carnaval e também celebrar a origem, a história e o cotidiano da população negra.

O grupo foi além, estabelecendo um centro comunitário onde seus membros desenvolvem políticas de ação afirmativa na cidade de El Salvador. Sua sede, A casa do Olodum, é um espaço que visa combater a discriminação social e racial, estimular a autoestima e o orgulho dos afro-brasileiros, difundir a cultura e garantir os direitos civis e humanos das pessoas marginalizadas na Bahia e no Brasil.

Porém, a música do Olodum é a ferramenta mais poderosa para promover o espírito africano da Bahia em todo o mundo.

Em 1986, o Olodum lançou seu primeiro álbum intitulado “Egito Madagascar” que foi bem recebido após o sucesso da música “Faraó”. Desde então, o Olodum já lançou 25 discos e vendeu mais de 5 milhões de cópias no Brasil e no exterior.

A Banda Olodum trouxe sonoridades diferentes e mudou a música africana dando origem a novos ritmos como Ijexá, Samba e Alujá, que foram combinados pelo músico e percussionista Neguinho do Samba e ganharam popularidade internacional em 40 países.

Devido à pandemia, o Olodum não realizou nenhum show este ano nas ruas de El Salvador. Porém, eles se preparam para um possível retorno no Carnaval carioca de 2022.

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