Turmoil Fertilizer apóia o caso do Brasil para a mineração na Amazônia

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(Bloomberg) — As ondas da invasão russa da Ucrânia podem atingir a floresta amazônica, já que o Brasil vê as interrupções no fornecimento global de fertilizantes como mais um motivo para produzir mais.

O suprimento doméstico insuficiente de nutrientes para as culturas tem sido um espinho no lado brasileiro há décadas, com a superpotência agrícola importando cerca de 80% de suas necessidades. A guerra na Ucrânia viu os agricultores brasileiros lutarem para comprar fertilizantes, provocando um debate sobre a exploração das reservas de potássio da Amazônia, incluindo terras indígenas.

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O presidente Jair Bolsonaro veio nesta semana para apoiar o aumento da oferta doméstica de nutrientes à base de potássio como parte de seu esforço para abrir o bioma para o desenvolvimento. Grupos do setor seguiram o exemplo quando a turbulência global expôs a fragilidade das cadeias de suprimentos. A polêmica levanta a necessidade de alimentar o mundo contra a proteção dos lugares mais biodiversos do planeta.

O presidente brasileiro Jair Bolsonaro escreveu em sua conta no Twitter: “Com a guerra russo-ucraniana, corremos o risco de escassez de potássio ou aumento de seus preços”. “Nossa segurança alimentar e agronegócio (economia) exige de nós, executivos e legisladores, medidas que permitam a não dependência estrangeira de algo que temos em abundância”.

Bolsonaro pediu aos parlamentares que avancem com um projeto de lei controverso que permitiria a mineração em terras indígenas. Grupos indígenas criticaram seus comentários, dizendo que a proposta do governo ameaça a saúde e os direitos das comunidades. Ambientalistas criticaram o último decreto do governo de apoio à mineração artesanal por incentivar atividades ilegais que colocam em risco as florestas tropicais.

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O potencial de produção de potássio na Bacia Amazônica é semelhante ao dos Urais na Rússia e Saskatchewan no Canadá, de acordo com o levantamento geológico estadual do Brasil conhecido como CPRM.

Os depósitos da Petrobras e da Potacio do Brasil, empresa controlada pelas canadenses Forbes e Manhattan, totalizam 3,2 bilhões de toneladas de recursos. Outras áreas analisadas podem agravar isso.

“Não podemos abrir mão da exploração de potássio na Amazônia”, disse Marcio Remedio, diretor da CPRM. “É uma estratégia em termos de crescimento econômico, inflação (controle) e segurança alimentar.”

O projeto Potássio do Brasil e duas outras iniciativas de fosfato se qualificaram para um programa do governo para acelerar projetos estratégicos de mineração. Agora, as mineradoras representadas pelo grupo industrial Ibram querem que o governo estabeleça um grupo de trabalho que inclua a Potássio do Brasil para buscar avançar seu projeto de potássio em Autazes, no Amazonas, já que as tensões no Mar Negro aumentam os riscos de escassez de fertilizantes.

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Os agricultores também estão a bordo.

“Estes tempos nos fazem discutir a necessidade de extração de potássio no Brasil. Temos grandes reservas, mas infelizmente elas estão em terras indígenas”, disse Bartolomeo Braz Pereira, presidente do Grupo Brasileiro Abrosuga, o maior grupo agrícola do Brasil. fornecer.

Para o Greenpeace, a tentativa do governo de acelerar a votação do projeto de lei de mineração na Amazônia mostra seu desrespeito aos direitos indígenas e sua incapacidade de remediar a situação.

“O governo Bolsonaro está mentindo ao sugerir que a aprovação do projeto poderia resolver o problema da escassez de fertilizantes porque ignora que soluções para esse tipo de problema exigem planejamento de médio e longo prazo”, disse Danielle de Aguiar, porta-voz do Greenpeace Brasil. .

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O mineiro canadense deu os primeiros passos no projeto em 2008. Ele obteve uma licença inicial que foi posteriormente suspensa por um tribunal federal que exigia uma consulta prévia ao povo aborígene de Mora, disse ele à Bloomberg. O projeto de US$ 2,3 bilhões deve ficar pronto em cerca de cinco anos, com produção anual de cloreto de potássio prevista para chegar a 2,4 milhões de toneladas.

Mesmo que o estado dê luz verde à mineração em terras indígenas, a abertura de uma mina de potássio na Amazônia traz desafios como fornecimento de energia e tecnologia para perfurar até um quilômetro de profundidade.

“Um processo de licenciamento desse porte leva pelo menos três a cinco anos, então não resolverá a crise”, disse Susie Hoff, geóloga e professora da Universidade de Brasília.

Apesar dos obstáculos, o Brasil está processando 535 pedidos de direitos de exploração de potássio, embora nem todos esses pedidos estejam na Amazônia. Este é um aumento de 49% em relação ao final de 2020.

© Bloomberg LP 2022

Bloomberg

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