Setor brasileiro de serviços desacelera em janeiro

O setor de serviços começou mal em 2023. Novos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram queda de 3,1% no faturamento de janeiro em relação a dezembro, quando o setor bateu recordes.

Este setor é o maior empregador do Brasil e responde por 70% da economia, servindo como carro-chefe para o estado geral da economia. No entanto, as quedas em janeiro também fazem parte da sazonalidade do setor de serviços.

No entanto, o desempenho de janeiro de 2023 permaneceu 6,1% acima do ano anterior e 10,3% abaixo dos níveis pré-pandemia. O diretor de pesquisas do IBGE, Rodrigo Lobo, comentou que os resultados expressivos de dezembro de alguma forma explicam a queda na comparação mensal. No último mês do ano passado, serviços financeiros Ajude a aumentar os resultados gerais, graças ao pagamento de bônus anual.

Três dos cinco setores registraram queda em janeiro. Notavelmente, o setor, que inclui saneamento e gestão de resíduos, serviços financeiros e imóveis, contraiu 9,9% no primeiro mês do ano.

O setor de transportes levou a uma queda nas receitas de serviços. “Os serviços de armazenagem caíram 9%, com destaque para a gestão de portos e terminais, enquanto o transporte aéreo de passageiros caiu 5,9% no mês”, diz Lobo.

Os serviços prestados às famílias, incluindo alimentação e habitação, e os serviços de tecnologias de informação e comunicação aumentaram 1% cada. O setor de turismo também foi um dos poucos destaques, crescendo em 11 dos 12 estados pesquisados ​​(de um total de 27 no Brasil). Dezembro e janeiro são os meses de pico de viagens, graças ao verão e às férias escolares.

Uma desaceleração da economia brasileira, aliada à redução da inflação, pode permitir que o banco central comece a cortar as taxas de juros de referência. A próxima reunião de política monetária do banco está marcada para maio, mas o presidente do conselho, Roberto Campos Neto, disse aos investidores nesta semana que ainda não é hora de cortar os juros. Os investidores acreditam que isso pode acontecer até agosto.

Os mercados esperam que o preço de referência termine em 2023 em 12,75%, um ponto abaixo do nível atual.

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