Israel e Palestina, Rússia e Ucrânia, conflitos armados na Somália, Sudão, Nigéria e Síria. Diferentes partes do mundo testemunham um aumento da instabilidade política, dos gastos militares e do número de vítimas. À medida que se aproxima a reunião dos ministros das Relações Exteriores do G20, de 21 a 22 de fevereiro, no Rio de Janeiro, a prioridade do Brasil é discutir formas de reformar e fortalecer as Nações Unidas.
Durante entrevista coletiva na terça-feira (20 de fevereiro), Mauricio Carvalho Lirio, sherpa brasileiro do G20 e secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Ministério das Relações Exteriores, enfatizou a necessidade urgente de reestruturar a governança global e garantir a disponibilidade de mecanismos de construção da paz. .
“Estamos apagando os incêndios”, disse o embaixador. “Com 183 conflitos em curso em todo o mundo, a situação dos direitos humanos atingiu um nível catastrófico, exigindo uma acção estrutural”. “O nosso objectivo é conseguir uma verdadeira reforma das Nações Unidas e transformá-la num instrumento eficaz para a prevenção de conflitos.”
Ele acrescentou: “Alguns países pedem a reforma do Conselho de Segurança, enquanto outros sugerem capacitar a Assembleia Geral ou fortalecer o Conselho Econômico e Social. O Brasil tem apoiado consistentemente uma reforma abrangente. As Nações Unidas devem se tornar mais representativas e receptivas às necessidades contemporâneas”.
Reuniões do G20
O Brasil assumiu a presidência rotativa do G20 em 1º de dezembro de 2023 e continuará nessa função até 30 de novembro de 2024. Ao longo desse período, estão previstas a realização de aproximadamente 130 reuniões em 15 cidades do país. Entre esses encontros está a Cúpula de Chefes de Estado e de Governo do G20, marcada para 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
As reuniões de quarta e quinta-feira contam com a presença de representantes de todos os estados membros do G20, incluindo Argentina, Austrália, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Rússia, Arábia Saudita, África do Sul e Coreia do Sul. O Reino Unido e os Estados Unidos. Além disso, estarão presentes representantes da União Africana e da União Europeia.
O Brasil estendeu convites a mais 12 países e representantes de diversas organizações, incluindo as Nações Unidas e bancos de desenvolvimento como o Banco Mundial e o Novo Banco de Desenvolvimento, para participarem da reunião de chanceleres no Rio de Janeiro.
Segundo o Itamaraty, as discussões serão organizadas ao longo do ano em torno de três prioridades: promover a inclusão social e combater a fome e a pobreza; Promover o desenvolvimento sustentável, com foco nos seus três pilares: aspectos sociais, económicos e ambientais; e reformar as instituições de governação global.
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