Polícia brasileira atirou em 4 garimpeiros ilegais na reserva Yanomami

BRASÍLIA (Reuters) – Garimpeiros ilegais emboscaram policiais e ambientalistas brasileiros na Reserva Indígena Yanomami, na região amazônica, nesta segunda-feira, matando quatro garimpeiros em um tiroteio, disse um comunicado do governo.

O Ministério do Meio Ambiente disse que sua equipe foi atacada quando se moviam para desmantelar um acampamento de mineração de gatos administrado por uma gangue do crime organizado.

As autoridades brasileiras estão empenhadas em mostrar que estão falando sério em seus esforços para remover os garimpeiros selvagens remanescentes na reserva após o assassinato de um homem Yanomami.

Garimpeiros mataram um homem e feriram gravemente outros dois em um ataque no sábado em território Yanomami, enquanto as autoridades evacuavam garimpeiros ilegais que invadiram a maior reserva indígena do Brasil, do tamanho de Portugal.

Segundo a ministra indígena Sonia Guajara, cerca de 80% dos mais de 20 mil garimpeiros que invadiram a reserva foram despejados e ainda resistem com mais violência à remoção.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, disse que 300 garimpos foram desmantelados, 20 aviões e um helicóptero destruídos por agentes do Instituto de Proteção Ambiental Ibama, que continua a busca pelos garimpeiros remanescentes com a ajuda da polícia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu quando assumiu o cargo em janeiro remover os garimpeiros, cuja presença criou uma crise humanitária, espalhou doenças e causou desnutrição entre os Yanomami ao reduzir a caça e envenenar os rios.

Um processo maciço de fiscalização começou em fevereiro e a maioria dos mineiros começaram ou foram forçados a sair.

Lula prometeu tolerância zero para a mineração em terras indígenas protegidas pela constituição, e a Agência de Proteção Ambiental está planejando despejos em mais cinco reservas, à medida que a extração ilegal de madeira e a mineração aumentaram sob o ex-presidente Jair Bolsonaro.

(Reportagem de Anthony Bodel) Edição de Sandra Mahler

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