Plano de carne da Amazônia brasileira ‘legaliza desmatamento’ | Eliminação de Florestas

FOu muitos, a imagem dominante da agricultura na Amazônia é a destruição do meio ambiente. Sobre 80% do desmatamento Na região para a pecuária e poluindo as exportações de carne bovina.

A indústria de carne bovina do Brasil espera atrair compradores de volta à Amazônia, que cobre cerca de 40% da área total do país, com uma nova promessa de não desmatamento. Mas os críticos temem que isso possa legitimar o desmatamento na região.

Em maio, funcionários do governo começaram a detalhar a chamada Zona de Desenvolvimento Sustentável da Amacro, que esperançosamente levará a uma intensificação massiva da agricultura na Amazônia. O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, é Espera-se que dê luz verde ao projeto ainda este ano.

O Área de macro – Sigla retirada dos estados que abrange: Amazonas, Acre e Rondônia – é uma vasta região de 465.800 quilômetros quadrados no noroeste do Brasil. Inclui o Parque Nacional Mapinguari, Quinto maior Brasil Uma reserva e o distrito original de Kaxarari, onde a tribo lutou por Defendendo sua terra contra lenhadores. O Greenpeace definiu a parte norte da região como Surgimento de um hotspot de desmatamento.

Mapa Macro

Projetos anteriores de desenvolvimento agrícola levaram à perda de vastas áreas de vegetação nativa em outras partes do Brasil, mas os proponentes da Amacro prometem que foi projetado para evitar o desmatamento ilegal. O objetivo é produzir mais carne bovina em terras já desmatadas, diz Edivan Maciel, ex-ministro da Agricultura do Acre. Trata-se de “melhorar o que já temos sem ter que pisar na selva”, diz Maciel, um dos membros designados de Bolsonaro.

Mas Humberto de Aguiar, procurador federal do Acre que trata de crimes ambientais, disse ao Guardian que o efeito do plano foi como “legitimar o desmatamento que já foi feito”.

A Amacro é uma criação de Assuero Doca Veronez, uma figura poderosa do agronegócio amazônico, que disse site de notícias brasileiro No ano passado, “para nós, desmatamento é sinônimo de progresso”. Veronese era proprietário de fazenda e presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre Multa por desmatamento ilegal em 2006. Ele negou qualquer irregularidade e disse que vendeu a propriedade em 2002.

Veronese diz que a intensificação da pecuária permitirá a produção de mais carne bovina em menos terra e protegerá contra o desmatamento. Ele afirma produzir cerca de 2,5 vezes a média estadual de carne bovina. “A Amacro pode contribuir para a preservação dessas áreas”, afirma.

Asuero Veronese, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre e desenvolvedor da Zona de Desenvolvimento Sustentável da Amacro
Esweru Veronese, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Acre e desenvolvedor da Zona de Desenvolvimento Sustentável da Amacro. Fotografia: Louisa Dur/Verne

Alguns pesquisadores refutam a ideia de que a mudança para a pecuária intensiva poderia limitar o desmatamento na Amazônia. A UCLA concluiu que pode ser uma abordagem falha Transferir em 2017, que observou que “o oposto pode ser verdade”.

A intensificação não deve mudar o sistema responsável pelo ritmo acelerado do desmatamento, diz Judson Valentim, pesquisador da Agência Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Veronez, como a maioria dos grandes proprietários rurais, conta com uma rede de pequenos produtores, a maioria dos quais, segundo Valentim, carece de recursos técnicos e financeiros para investir em práticas de pastagem mais eficientes.

Enquanto proprietários de plantações como Veronese podem evitar o desmatamento, seus fornecedores podem não ter o luxo de fazê-lo, diz Valentim.

A crescente demanda por carne bovina amazônica atraiu mais moradores locais a criar gado como meio de subsistência viável para alimentar suas famílias, levando a um aumento acentuado do desmatamento ilegal.

Gabriel Santos*, um pequeno agricultor da região de Amacro, foi multado em mais de US$ 130.000 (£ 96.000) por evacuar ilegalmente suas terras na reserva para pastagem. Mas ele diz que transformar a floresta em pasto é sua única opção econômica viável.

Como a fazenda Santos foi colocada na lista negra pelos reguladores, ele não pode vender o gado diretamente aos matadouros. Então ele vende para o corretor que vende para os grandes fazendeiros.

Se os grandes pecuaristas se tornarem mais produtivos, mesmo que o façam sem derrubar a floresta, isso pressionará os pecuaristas que estão bombardeando as florestas abaixo para que cresçam também, diz Valentim.

Veronese diz que não tem nada a ver com as questões ambientais dos outros: “Sou totalmente contra esse tipo de controle”.

Embora a lei brasileira restrinja a maioria dos proprietários de terras na Amazônia de desmatar mais de 20% de suas propriedades, a falta de supervisão regulatória ajuda a explicar por que 94% das florestas são desmatadas. Pode ser feito ilegalmente.

“É muito difícil permanecer legal”, diz Santos, que emitiu meia dúzia de ordens de despejo devido a multas não pagas. Ele diz que sua renda anual é de $ 10.000, ele não pode pagar. Ele se esconde quando agentes do governo chegam à sua propriedade e teme ser preso. Ele atribui o recente ataque cardíaco ao estresse.

“Como vou sustentar minha família?” implora. Se eu tivesse outra maneira de sobreviver, eu teria ido embora. Só vou ficar aqui porque não tenho para onde ir.”

*Nome alterado

Assine a Atualização Mensal de Animais de Fazenda para obter um resumo das maiores histórias de agricultura e alimentação do mundo e acompanhar nossas investigações. Você pode enviar suas histórias e ideias para nós em [email protected]

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *