O início da terceira fase do open banking no Brasil

A terceira fase do Open Banking Initiative do Brasil é lançada hoje (29 de outubro), oferecendo serviços como o Pix, o sistema de pagamentos instantâneos do país.

Open banking – uma prática que permite que empresas de serviços financeiros terceirizados abram dados de clientes para provedores regulamentados para acesso, uso e compartilhamento por meio de interfaces de programação de aplicativos (APIs) com o consentimento do consumidor – está sendo introduzida no Brasil em uma abordagem em fases.

O estágio atual visa possibilitar a introdução de novos ambientes de realização de pagamentos e, consequentemente, novas dinâmicas das operações de crédito. Após os pagamentos instantâneos, outros recursos que serão oferecidos na terceira etapa incluirão serviços como transferências entre contas da mesma organização, débito direto e propostas de crédito.

A terceira fase da iniciativa estava programada para começar em agosto. Mas esta etapa foi adiada devido à necessidade de ajustes nas especificações técnicas. O Banco Central do Brasil argumentou na época, dizendo que essas emendas perderam o prazo para a realização dos testes de credenciamento das instituições participantes.

A quarta e última fase do projeto está prevista para começar em dezembro de 2021, quando serão adicionados serviços financeiros como seguros, previdência e investimentos. Assim como a Fase 3, a Fase IV do projeto será introduzida gradualmente, e o Open Banking Brasil estará totalmente operacional no Brasil até setembro de 2022, em vez do final de 2021, conforme planejado inicialmente.

Com a etapa final, que dará início ao compartilhamento de informações além dos produtos e serviços bancários tradicionais, o Projeto Open Banking Brasileiro passará para o financiamento aberto. Isso ocorre quando toda a pegada financeira de um indivíduo com dados como hipotecas, poupanças, pensões, seguros e crédito ao consumidor é aberta a APIs confiáveis ​​de terceiros com o consentimento do consumidor.

O Banco Central aprovou o Projeto Open Banking Brasileiro no início de 2019 como parte de uma agenda mais ampla de modernização do sistema financeiro do país. Na época, o plano era que o projeto começasse no segundo semestre de 2020, que é um cronograma atrasado devido à Pandemia do covid19. A implementação começou em fevereiro de 2021.

De acordo com um estudo publicado no início deste mês, a maioria dos consumidores brasileiros ainda tem dúvidas sobre o compartilhamento de seus dados bancários em troca de melhores negócios e benefícios, como ofertas personalizadas sob o modelo de open banking.

Pesquisa realizada pela NPS Prism pela consultoria Bain & Company sobre open banking no setor de seguros constatou que 59% dos consumidores no Brasil não planejam compartilhar seus dados com empresas de serviços financeiros.

Os fatores por trás da indecisão incluem a relutância dos consumidores em compartilhar seus dados com as empresas (35%), seguidos por 34% que citaram desconfiança em relação aos processos de segurança por trás do open banking. Em comparação, 33% temem receber muitas ligações de spam e orientações de empresas.

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