O cubano brasileiro pretende atrair investidores com fones de ouvido modulares premium

Depois de levantar capital para aumentar sua capacidade de produção, a fabricante brasileira de fones de ouvido premium Kuba Audio está se preparando para uma nova rodada com investidores internacionais, com um discurso centrado na modularidade e nos desejos dos consumidores por eletrônicos sustentáveis.

A empresa carioca, liderada por Leonardo Drummond, é especializada em projetar e produzir fones de ouvido que permitem aos consumidores atualizar seus aparelhos com novos componentes ao longo do tempo. Desde o início das operações em 2014, quando evoluiu de um conceito de escritório de design para uma startup, a empresa cresceu organicamente, com receita anual atingindo 350.000 riais (US$ 69.750) em 2017 e atingindo 9 milhões de riais (US$ 1,7 milhão) em 2017. 2024.

O primeiro produto da empresa foi desenvolvido ao longo de dois anos, com um investimento inicial de 45 mil reais de investidores anjos como Camila Varani, seguido por uma rodada de 143 mil reais do investidor e empresário brasileiro João Apolinário, e uma rodada de 3,3 milhões de reais (US$ 657 mil) do fundo a partir de 2021. .

Em 2023, a empresa levantou capital de 2 milhões de reais (398 mil dólares) do fundo Desenvolve Amazônia, uma rodada que visa expandir a produção cubana na região amazônica, onde se beneficiará de incentivos locais. Segundo Drummond, a última rodada de financiamento será destinada à profissionalização e estruturação da empresa em diversas divisões. Para expandir o negócio, Cuba planeia iniciar uma nova campanha promocional no final de 2024, desta vez visando também apoiantes globais.

Mais da ForbesCamila Varani: Campeã do empreendedorismo e do empoderamento feminino no Brasil

“Não estaremos completamente focados em [raising capital to support] “Estamos expandindo globalmente até agora, porque o Brasil tem um mercado enorme para atender, mas estamos atingindo o tipo de ingresso que é difícil de arrecadar localmente para uma startup de hardware – mesmo que tenhamos os números para mostrar isso”, ele disse em entrevista à Forbes. Cuba buscará um cheque no valor de cerca de 10 milhões de reais (1,9 milhão de dólares).

Novas oportunidades de emprego

Nos últimos anos, a empresa lançou diversos produtos voltados ao público que inclui músicos profissionais e gamers, incluindo o primeiro conjunto de fones de ouvido Bluetooth desenvolvidos no Brasil, uma tecnologia que pode converter modelos cubanos mais antigos em modelos sem fio.

A empresa também entrou no mercado B2B, oferecendo fones de ouvido personalizáveis ​​para clientes corporativos a um custo menor – as versões comerciais custarão cerca de R$ 400 (US$ 79), enquanto os fones de ouvido mais baratos em Cuba para clientes de varejo custam R$ 750 (US$ 150). Segundo Drummond, o lado comercial da empresa, que também incluirá uma oferta de hardware como serviço, deverá responder por até 40% da receita nos próximos dois anos.

Além dos aspectos de sustentabilidade e inovação no desenvolvimento de produtos, os executivos da empresa enfatizam o foco da empresa em ouvir: “Estamos sempre muito sintonizados com a música, mas também com os clientes e o mercado”, afirma Jennison Onorato, chefe de inovação da Kuba Áudio.

Segundo Honorato, Cuba irá explorar a possibilidade de colaborar com artistas nos próximos meses, mas a empresa também tem argumentos convincentes para impulsionar o seu negócio B2B. “Nosso objetivo é colocar o uso de fones de ouvido como uma ferramenta de foco na economia moderna, num contexto em que a nossa atenção está comprometida”, observou.

Além disso, a empresa pretende expandir os negócios em torno de sua comunidade: segundo o CEO de Cuba, a empresa quer criar uma plataforma dentro de seu aplicativo móvel onde os consumidores possam criar e compartilhar seus perfis de fórmulas, bem como comprar e vender peças e produtos da empresa. acessórios. Drummond disse que isso ajudará a diferenciar ainda mais a marca da concorrência. Ele acrescentou: “As marcas existem nos bolsos dos consumidores e não fazem nada com elas, e pretendemos desenvolver nesta área”.

Embora a empresa brasileira não opere necessariamente em um oceano azul – os concorrentes incluem gigantes como JBL e Sony – Drummond diz que esta área tem muitas deficiências. Músico amador, o fundador tem Um dos maiores canais do YouTube do mundo focado exclusivamente em fones de ouvido, Ele diz que a experiência premium do usuário deixa a desejar.

“Modularidade é algo invisível neste mercado: se você é usuário de fones de ouvido e precisa de pads ou de substituição de cabos, muitas vezes você tem dificuldade em encontrar peças compatíveis em marketplaces como AliExpress e Mercado Livre, e a experiência muitas vezes é difícil e péssima ”, observou ele. “Portanto, há muito espaço para crescimento em nosso espaço.”

Navegando em um ambiente de trabalho difícil

As empresas de hardware no Brasil são poucas e raras – e os desafios de Cuba fornecem algumas pistas sobre o motivo: “É difícil superar as complexidades de fazer negócios no Brasil e, ao mesmo tempo, manter nossa essência brasileira”, disse Drummond. 80% das peças utilizadas nos produtos da empresa são locais e o restante vem da China. A maior parte dos produtos é fabricada no Brasil, com exceção dos fones de ouvido Uni, que são inteiramente produzidos na China.

“O Brasil é um país muito hostil para se trabalhar: há sérios problemas de infraestrutura, as autoridades alfandegárias estão fazendo tudo o que podem para dificultar as coisas e a situação financeira está sendo revista, mas ainda é muito difícil”, observou o fundador.

Com os impostos municipais fixados em 20%, fazer negócios no Rio é “inviável” do ponto de vista financeiro, observou Drummond, acrescentando que sua empresa planeja superar esses desafios sendo flexível e explorando todas as opções disponíveis, como solicitar deduções fiscais. Reduções e remanejamento para regiões com condições fiscais mais favoráveis. Como parte das estratégias de mitigação, a empresa está atualmente transferindo seu centro de distribuição para Vitória, no estado do Espírito Santo (319 milhas do Rio).

Em cinco anos, o fundador vê a Kuba como a maior empresa nacional no mercado brasileiro de fones de ouvido e um importante player global. O principal desafio para atingir esse objetivo é estruturar uma grande empresa em um contexto local desafiador, segundo Drummond: “Abordaremos essas questões com muita determinação e resolução estratégica de problemas”.

Me siga Twitter ou LinkedIn.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *