São Paulo – A General Motors disse na segunda-feira que não via razão para cortar a produção de automóveis no Brasil devido ao surto, dando um tom diferente a duas outras montadoras que cortaram a produção, citando preocupações com a saúde.
Na sexta-feira, a Volkswagen AG disse que fechará suas fábricas por duas semanas para manter os trabalhadores saudáveis. Na segunda-feira, a Volvo AB fez o mesmo e disse que reduziu drasticamente a produção de caminhões no Brasil por motivos de saúde e falta de peças de reposição.
As montadoras de todo o mundo estão lidando com uma escassez geral de semicondutores, o que levou a dificuldades de produção. No Brasil, eles também estão lidando com a crescente pandemia de coronavírus, com o número de mortes diárias entre as mais altas do mundo.
Os caminhões da GM estão perdendo sua vantagem de economia de combustível devido à escassez do chip
“Nossos protocolos têm se mostrado eficazes na prevenção de infecções e pesquisas internas mostram que nossos trabalhadores se sentem mais seguros nas fábricas do que em suas casas e comunidades”, disse a empresa brasileira da GM em um comunicado.
“Como resultado, não vemos razão para mudarmos nossa programação de produção neste momento.”
Edson Russo, representante sindical da fábrica da GM em Gravataí, disse que os funcionários não tinham reclamações sobre como a montadora estava tratando dos protocolos de saúde para seus trabalhadores.
Mas ele lamentou que a GM tenha paralisado a produção em Gravataí devido à escassez de semicondutores. A produção continua em duas outras fábricas da GM no Brasil.
A GM disse no início deste mês que Gravataí permanecerá desativada durante os meses de abril e maio, embora Russo tenha dito que o acordo da empresa com o sindicato permitiria a paralisação de suas operações por mais três meses.
Coloque o seu negócio na FOX em movimento clicando aqui
Pelo menos duas outras montadoras tiveram problemas de produção devido à escassez de semicondutores no Brasil.
A Honda interrompeu a produção de seu sedã Civic no início de março, enquanto a Fiat interrompeu cerca de 10% de seus trabalhadores até a semana passada para diminuir a produção.