Cinco filmes brasileiros selecionados para o Festival de Cannes 2019


Escrito por Deborah Baldelli
07 de maio de 2019

Embora o cinema brasileiro sofra cortes severos em seu financiamento, ele também mostra sua força em alguns dos principais festivais de cinema do mundo. Prestigiado Ele era O Festival de Cinema Brasileiro anunciou a participação de cinco filmes brasileiros em quatro seções diferentes para a sessão deste ano. Duas produções brasileiras disputarão a Palma de Ouro: BacurauEscrito por Kleber Mendonça Filho e Giuliano Dornelles; E TraidorEscrito por Marco Bellocchio. A 72ª edição do Festival de Cinema de Cannes será realizada de 14 a 25 de maio.

Bacurau, uma mistura de faroeste e ficção científica, traz uma cidade cheia de segredos para o sertão brasileiro. O elenco principal é composto por Sonia Braga, Udo Kier e Karen Telles. TraidorEscrito por Marco Bellocchio, o filme conta a história de Tommaso Busetta, um gangster italiano que se refugia no Brasil.

Outros dois filmes brasileiros fazem parte de Um Certo Olhar, seção não competitiva do festival. A Vida Oculta de Eurídice Gusmão Karim Aïnouz centra-se na cumplicidade entre mulheres, um relato da condição das mulheres no Rio de Janeiro na década de 1950. Carol Duarte, Julia Stockler, Gregory Duvivier e Bárbara Santos fazem parte do elenco. O filme também é estrelado por Fernanda Montenegro, a primeira mulher latino-americana a ser indicada ao Oscar de Melhor Atriz.

Sim Seo Sanjo Escrito por Alice Furtado faz parte da secção Quinzaine de Réalisateurs do festival. Indianara Filmes dos diretores Audie Chevalier Baumel e Marcelo Barbosa serão exibidos na ACID, seção que distingue filmes experimentais independentes e filmes de cunho político. Carimbo de endereço Indianara Uma ativista transgênero que luta pela sobrevivência das pessoas trans no Brasil.

Esta é a primeira vez que cinco filmes representam o Brasil em Cannes e é resultado de anos de investimento no setor cinematográfico, que cresce significativamente no país. A ironia é que esse anúncio acontece ao mesmo tempo em que a Ancine (agência cinematográfica brasileira) congelou completamente o financiamento de filmes. “Eles são”, diz a produtora Tatiana Light da Bubble Projects [the government] “Estão a tentar eliminar um setor que gera 300 mil empregos diretos e gera milhares de milhões de rendimentos, e isso traz algo inestimável: o setor audiovisual exporta a nossa cultura e a nossa voz, com mais força do que qualquer outro setor.”

Assine a newsletter Sons e Cores Para atualizações regulares, notícias e concursos trazendo o melhor da cultura latino-americana direto para sua caixa de entrada.

Envolvidos:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *