Apesar da desaceleração econômica, o mercado de trabalho do Brasil continua a melhorar

Embora os indicadores económicos mostrem que a economia brasileira está a desacelerar, nada indica uma desaceleração no mercado de trabalho do país.

Na tarde de segunda-feira, o Departamento do Trabalho mostrou que o país criou quase 212 mil novos empregos formais em setembro (mais do que os mercados esperavam). Novos dados de desemprego divulgados na terça-feira mostram que a taxa de desemprego caiu para 7,7% no trimestre encerrado em setembro – o nível mais baixo desde fevereiro de 2015.

De acordo com outro Leia desemprego O número de trabalhadores aumentou para 99,8 milhões no terceiro trimestre, o que é mais do que nunca. Deste total, 39 milhões de pessoas trabalham na economia informal (ou 39,1 por cento da força de trabalho total).

Desde o trimestre anterior, quase um milhão de trabalhadores encontraram emprego.

Entretanto, o número de trabalhadores desiludidos – aqueles que desistiram de encontrar emprego – atingiu 3,5 milhões em Setembro, o nível mais baixo desde 2016.

O número de desempregados também diminuiu 3,8%, atingindo 8,3 milhões de pessoas.

Adriana Berengui, coordenadora de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou um aspecto muito positivo dos dados: a maior parte do crescimento do emprego veio de trabalhadores que obtiveram contratos formais no setor privado, em vez de assumirem empregos informais.

Este é um desenvolvimento digno de nota, uma vez que os empregos formais permanentes proporcionam normalmente rendimentos mais elevados e proteções aos trabalhadores. Um aumento nessas funções também poderia indicar um aumento da confiança empresarial na economia, especialmente tendo em conta que o emprego formal normalmente impõe custos mais elevados às empresas.

O IBGE também notou aumento na renda dos trabalhadores. Os salários médios aumentaram 1,7% em termos trimestrais (e 4,2% anualmente) para R$ 2.982 (cerca de US$ 593).

“Em geral, não houve redução da força de trabalho em todos os sectores económicos; “As demissões eram basicamente inexistentes”, diz Beringoy.

Este forte desempenho no mercado de trabalho contrasta fortemente com o panorama económico mais amplo, uma vez que os mercados financeiros começaram a rever em baixa as suas expectativas de crescimento para este ano.

O índice de actividade económica do banco central, amplamente considerado um indicador fiável do desempenho do PIB, caiu 0,77% em Agosto. Entretanto, o núcleo das vendas a retalho caiu recentemente 0,2% e o sector dos serviços contraiu 0,9%.

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