A brasileira Petrobras mantém sua participação no bloco de águas profundas de Tayrona, na Colômbia

HOUSTON (Reuters) – A petrolífera estatal brasileira Petrobras (PETR4.SA) desistiu de um plano de vender sua participação de 44 por cento em um promissor projeto de gás offshore que compartilha com a colombiana Ecopetrol (ECO.CN) no país andino. disse um executivo da Petrobras em uma conferência sobre energia em Houston na segunda-feira.

A Petrobras e a Ecopetrol anunciaram no ano passado a descoberta de gás natural no poço profundo Uchuva-1, no bloco Tayrona, a 32 quilômetros da costa colombiana. Dois anos antes, a empresa brasileira havia colocado sua participação à venda após maus resultados exploratórios em um poço anterior, o Orca-1.

A Petrobras opera o bloco Tayrona, que deverá fornecer a primeira produção de gás da Colômbia em campos de águas profundas em 2026, conectando-se à infraestrutura próxima, de acordo com as previsões da Ecopetrol.

“Não mais”, disse Carlos Travassos, diretor de desenvolvimento de produção da Petrobras, quando questionado sobre os planos de vender a participação da empresa na Tayrona. “Vimos a importância disso”, disse ele à margem da Conferência de Tecnologia Marinha.

A Colômbia quer acelerar a descoberta e o desenvolvimento de suas reservas de gás offshore para evitar a necessidade de importações e impulsionar indústrias de energia a petroquímica. A vizinha Venezuela se ofereceu para exportar o gás, mas os principais executivos da Ecopetrol e outros produtores disseram que o país deveria priorizar o desenvolvimento de seus próprios recursos.

O executivo disse que até 4 trilhões de pés cúbicos de reservas de gás natural podem ser confirmados em Tayrona, tornando-o um projeto muito promissor ao lado do campo de gás Gorgon em águas profundas da Ecopetrol and Shell (SHEL.L) e outros. Projeto em águas profundas da Occidental Petroleum (OXY.N) e Ecopetrol para iniciar a perfuração em 2025.

Uma nova campanha de perfuração está planejada em 2024 pelas partes interessadas da Tayrona para avançar em direção a esse objetivo.

A Petrobras está analisando as informações coletadas na última campanha de perfuração. “Com base nesta análise, talvez possamos acelerar (a próxima campanha de perfuração)”, disse Travassos. “Temos uma experiência muito boa.”

(Reportagem de Mariana Baraga)

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