BRASÍLIA (Reuters) – O governo brasileiro apoiou na terça-feira uma proposta de rede limpa dos EUA para construir uma aliança digital global que excluiria a tecnologia que Washington vê como manipulada pelo governo comunista da China.
O compromisso veio durante uma visita de Keith Crach, o subsecretário de Estado dos EUA para o crescimento econômico, energia e meio ambiente, que aconselhou o Brasil a não adquirir equipamentos de rede de telecomunicações de quinta geração (5G) da chinesa Huawei Technologies Co Ltd, que ele descreveu como “a espinha dorsal da vigilância global da China.” “
Huawei negou repetidamente que seja um risco de segurança. Ela disse que cumpre as leis do Brasil e está à disposição para exames e esclarecimentos que as autoridades considerarem necessários.
“O Brasil apóia os princípios incorporados à proposta de rede limpa dos Estados Unidos”, disse um comunicado conjunto Brasil-Estados Unidos após Krach se reunir com funcionários do Ministério das Relações Exteriores.
A iniciativa visa “promover um ambiente seguro e transparente, compatível com os valores democráticos e as liberdades fundamentais, no contexto do 5G e de outras novas tecnologias”.
Em Washington, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse na terça-feira que quase 50 países, 170 empresas de telefonia e muitas das principais empresas do mundo assinaram o acordo.
“Inclui 27 dos 30 aliados da OTAN, 31 dos 37 membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, 26 dos 27 membros da União Européia e 11 dos 12 países dos três mares”, disse Pompeo.
O governo dos Estados Unidos ofereceu financiamento para a Brazilian Telecom para incentivá-la a comprar de provedores ocidentais como Nokia e Ericsson, em vez de Huawei.
As quatro maiores operadoras do Brasil estão testando equipamentos da Huawei antes do leilão do próximo ano para concessões de espectro 5G e disseram que estão relutantes em reduzir as opções.
Fontes da indústria disseram à Reuters que os quatro não compareceram ao convite da embaixada dos Estados Unidos para se reunir com Krach na sexta-feira em São Paulo, porque o convite “não era compatível com as opções do mercado livre”.
(Reportagem de Anthony Boudl) Edição de Christopher Cushing
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