Nas últimas semanas, os preços do cacau atingiram um máximo histórico manchetes em todo o mundo como um sinal de alerta de quão caro o chocolate pode ser na época da Páscoa. Mas a verdade é que o pior ainda está por vir.
Uma pesquisa da divisão de agronegócio do Itaú BBA mostrou que a última alta nos preços começou em maio do ano passado, quando os contratos de cacau eram negociados entre US$ 2 mil e US$ 3 mil por tonelada na Bolsa de Mercadorias de Nova York.
“Em setembro, esse preço ultrapassou US$ 4 mil e, desde o início deste ano até o início desta semana, vimos subir para mais de US$ 10 mil, um patamar que nunca vimos antes”, descreve Francisco Carlos Quiroz, Agro Itaú BBA analista.
Nativo da América do Sul, os maiores produtores e exportadores de cacau estão atualmente na África Ocidental: Costa do Marfim e Gana. Os preços começaram a subir num cenário de mau tempo, doenças, envelhecimento e declínio da produtividade agrícola nestes dois países, que representam quase dois terços da oferta mundial.
“Mas, mais recentemente, há também o efeito especulativo dos fundos que negociam estes contratos em Nova Iorque, que querem a sua ‘parte’ do lado positivo”, observa Queiroz.
O Brasil, que foi um dos maiores produtores mundiais de produtos de cacau na década de 1980, tem sido influenciado pelos preços internos, uma vez que a negociação na Bolsa de Valores de Nova Iorque é também a base do mercado interno do país.
Enquanto os preços do cacau em Nova Iorque subiram 63 por cento em 2023 e 137 por cento em 2024, os preços na cidade brasileira de Ilhéus, na Bahia – que serve de base para todo o país – rosa Em 57% no ano passado (de R$ 209 por 15 quilos para R$ 328) e em 130,32% neste ano (para R$ 753).
“Nossa indústria paga um prêmio igual ou superior ao preço negociado no exterior pela sobrevivência do cacau brasileiro [in the country] “Por sermos o quinto maior mercado consumidor de chocolate, não produzimos o suficiente para abastecer nossa capacidade instalada de processamento de 275 mil toneladas”, afirma CEO…
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