Os consumidores de café podem ter um toque da ciência de Dunedin em suas xícaras, já que a empresa de rastreabilidade de procedência Oritain se une à Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) para garantir a procedência do café regional brasileiro.
A ciência forense de Ouritan forneceria garantia da procedência e procedência do café brasileiro, não importa onde no mundo ele fosse parar.
O Brasil é um gigante da produção de café, com produção prevista para 2023-2024 de 66,4 milhões de sacas de 60 kg, mostra um relatório do USDA.
A BSCA é a principal associação de cafés especiais do Brasil, representando mais de 60.000 produtores de café premium, disse Gabriela Castro Fontura, Diretora Regional da Oriente para a América Latina.
Foi parceira local da Coffee Excellence Alliance e realizou a competição Cup of Excellence no Brasil.
“Esta é uma das competições de cafés especiais mais famosas, senão a mais famosa do mundo”, disse ela.
Um comunicado emitido pela Oritain disse que os regulamentos exigem verificação de origem, e os consumidores também o fazem.
Os sistemas de verificação implementados pela BSCA e pela Orient eram compatíveis com os recentes regulamentos anti-desflorestação da UE, que se opunham às importações que não cumpriam os requisitos ambientais.
Pesquisa realizada pela Oritain em maio indicou que os consumidores brasileiros estão profundamente preocupados com a origem de seus produtos, especialmente o café.
Quase 97% dos participantes foram positivos em relação à divulgação da sua origem pelos fabricantes, e 78,2% consideraram um produto verdadeiramente sustentável apenas se a sua origem fosse conhecida.
Os amantes do café em mercados como a Europa, a América do Norte, a Nova Zelândia e a Austrália também exigiam ações demonstráveis das marcas de café em relação à sustentabilidade.
Vinicius Estrelia, diretor executivo da BSCA, disse que implementar sistemas de rastreamento era “uma forma essencial de permanecer no caminho certo e evitar acusações de lavagem verde”.
“A santidade da origem brasileira é essencial para nossos produtores, torrefadores e exportadores de cafés especiais. O café brasileiro é exportado para todo o mundo.
“Estamos procurando uma maneira de garantir aos reguladores, investidores, compradores e, o mais importante, aos nossos valiosos clientes em todo o mundo, que nosso café é 100% brasileiro e está em conformidade com as regulamentações internacionais contra desmatamento, danos ambientais, práticas comerciais antiéticas e fraude alimentar.”
Aurétan e Nestlé Brasil lançaram uma parceria abrangendo três regiões brasileiras em junho, disse Grant Cochrane, CEO da Aurétan. A BSCA estava se baseando neste trabalho e abrindo caminho para uma rastreabilidade incomparável para o café brasileiro, que a Oritain poderia comprovar cientificamente nos níveis agrícola, regional e nacional.
A geoquímica da Terra variava em todo o mundo, de modo que a distância entre pedaços de terra era de apenas alguns metros. À medida que o café cresce, ele absorve uma proporção única de elementos dependendo do clima médio, altitude, precipitação, tipo de solo e condições de cultivo.
A Uritain conseguiu identificar aquela proporção única no solo que havia sido “impressa”, criando uma ligação científica constante que percorria o solo, os grãos e, por fim, a xícara de café.
No início deste ano, a Oritain anunciou que arrecadou 57 milhões de dólares (91 milhões de dólares neozelandeses) num aumento de capital liderado pela empresa de capital de risco Highland Europe.
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