Vendas no varejo caem, mas uso de cartão de crédito cresce no Brasil
Enquanto de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as vendas no varejo caíram abaixo das expectativas em junho, enquanto os pagamentos com cartão de crédito e débito aumentaram, foi divulgado nesta quarta-feira.
As vendas no varejo caíram 1,4% em junho em relação a maio, queda mais acentuada do que a previsão de 1,0% em uma pesquisa da Reuters com economistas. Em relação ao ano anterior, as vendas registraram queda de 0,3%, enquanto os economistas esperavam que se mantivesse. Mas no primeiro semestre de 2022, as vendas no varejo subiram 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo a agência estrangeira. Sete dos oito negócios pesquisados contraíram em junho, com destaque para o setor têxtil, vestuário e calçados, que caiu 5,4%. A única atividade que cresceu em relação ao mês anterior foi o setor farmacêutico, com alta de 1,3%.
Enquanto isso, a Agencia Brasil informa que os pagamentos com cartão de crédito e débito cresceram 36,5% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período de 2021, segundo balanço divulgado hoje (10) pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços. (Ápice). 1,6 trilhão de reais foram transferidos com cartões nos primeiros seis meses de 2022.
Os cartões de crédito tiveram o maior crescimento e também o maior faturamento neste período. Segundo a Abecs, R$ 1 trilhão de pagamentos foram feitos por meio desse mecanismo no primeiro semestre de 2022, um aumento de 42,2% em relação ao ano passado.
Os cartões de débito representaram R$ 488 bilhões em pagamentos, um aumento de 16,6% em relação aos primeiros seis meses de 2021, enquanto o valor das transações dos cartões pré-pagos foi de R$ 99,4 bilhões.
As compras remotas também cresceram no primeiro semestre, um aumento de 32,7%, para um total de R$ 338,5 bilhões.
Os pagamentos com cartões de crédito e débito aumentaram 344,5%, para R$ 235,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano.
Segundo a APEC, o alto crescimento se deve à fraca base de comparação no ano passado, após um momento crítico da pandemia de COVID-19. Assim, a expansão também reflete o fim das restrições à movimentação e às atividades econômicas.
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