A Suprema Corte do Brasil ordenou uma investigação sobre o Google e o Telegram, acusados de liderar uma “campanha ofensiva” que se opõe Projeto de Lei Regulamentar da Internet.
A decisão do tribunal veio depois que as empresas de tecnologia fizeram campanha contra o que os críticos afirmam ser um “projeto de lei de censura”.
O juiz Alexandre de Morais ordenou que a Polícia Federal abra uma investigação sobre as duas empresas e seus executivos.
O juiz deu a Moraes 60 dias para conduzir as investigações e pediu à polícia que recolhesse depoimentos de todos os responsáveis pela campanha nas duas empresas.
Por que o projeto de lei é polêmico?
O projeto de lei foi apresentado pela primeira vez em 2020 para Reduzindo a desinformação on-line Atualmente, está em votação na Câmara dos Deputados.
O projeto ganhou mais importância este ano, depois que o ex-presidente Apoiadores de Jair Bolsonaro invadiram Brasília em janeiroapós ser provocado por notícias falsas sobre eleições fraudulentas.
Enquanto os defensores do projeto de lei o consideram uma medida muito necessária contra o extremismo online, os apoiadores de Bolsonaro afirmam que ele criaria um “Ministério da Verdade” orwelliano para censurar as opiniões dos cidadãos.
O projeto responsabilizaria as empresas de tecnologia por identificar e denunciar conteúdo ilegal. Também visa penalizar qualquer falha das empresas de tecnologia em fazê-lo.
Como o Google e o Telegram perturbaram o tribunal?
A decisão do tribunal de liberar um Investigação do Google e do Telegram A pedido do presidente da Câmara, Arthur Lyra, que disse que as empresas de tecnologia usaram “todos os tipos de truques em uma campanha vil de desinformação, manipulação e intimidação, explorando sua posição dominante no mercado”.
O Google alertou em seu site que o projeto de lei “ameaça seriamente a liberdade de expressão”, enquanto o Telegram enviou mensagens para seus mais de 40 milhões de usuários no Brasil chamando o projeto de “ataque à democracia”.
Ambas as plataformas de tecnologia receberam reação da Suprema Corte, que também ordenou que removessem as postagens.
mf/rc (AFP, Reuters)
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