Surfistas se reúnem na foz do rio Amazonas para pegar algumas das ondas mais duradouras do mundo

O surfista brasileiro Additon Mariano surfa uma onda estrondosa de Pororoka durante o free surf no rio Mirim, cerca de 30 quilômetros interior na selva amazônica, perto da cidade brasileira de Arari, no estado do Maranhão, 8 de abril de 2004. Foto de Bruno Domingos BD/ Reuters

Chaves, Brasil (AP) — Surfistas de todo o Brasil se reuniram esta semana na foz do rio Amazonas para surfar algumas das ondas mais duradouras do mundo, quando as marés fortes rugem em uma faixa larga que pode manter as pranchas flutuando por quilômetros (milhas). ). ) ).

“Você tem que se jogar nessa atmosfera e se misturar com a natureza. Nunca tente vencê-la, porque isso é impossível”, disse Noelio Sobrinho, presidente da Associação Brasileira de Surf da Pororoca, em entrevista à Associated Press.

O festival anual de surfe desse maremoto, conhecido localmente como ‘Pororoca’, percorre cidades onde o rio encontra o Oceano Atlântico e este ano aconteceu durante cinco dias até quarta-feira na cidade do Pará, no estado brasileiro do Pará.

As ondas acontecem duas vezes por dia quando a água do oceano flui para um rio, e não o contrário. Mas é especialmente poderoso – e surfável – durante os dias de lua cheia e lua nova, quando a maré do oceano está mais alta, criando uma onda larga e longa que os surfistas podem surfar por até 40 minutos.

“É algo com uma dimensão diferente”, disse o estreante Carlos Carneiro Jr., que viajou para Chávez da cidade brasileira de Fortaleza, a cerca de 1.500 quilômetros (930 milhas) de distância. “Você tem que sentir. Os surfistas têm que vir e ver o que é.”

Acredita-se que a frase pororoka deriva de uma palavra aborígine para “grande rugido” ou “destruidor”. Esse fenômeno devastou as comunidades ribeirinhas dos estados do Pará, Amapá e Maranhão, mas também lhes rendeu receitas com o turismo esportivo.

Em Chaves, os moradores batizaram a área onde os surfistas se dirigem para o perigoso canal, uma área com mais de oito quilômetros (5 milhas) de largura. O surf é particularmente arriscado porque as ondas fortes carregam detritos abundantes. Alguns surfistas o descrevem como um tsunami.

É também uma expedição arriscada para os condutores de barcos e jet skis que transportam os surfistas, que devem evitar ficar presos na restinga ou ser pegos pela onda que se aproxima.

Sobrinho, da Associação Brasileira de Surf da Pororoca, já surfou mais de 200 Pororocas ao longo das décadas. Sua paixão começou quando seu pai lhe disse que precisava surfar em Pororoka para provar que era um bom surfista.

“Pororoka sempre foi sinônimo de tragédia e destruição”, disse Sobrinho. “Depois que começamos a surfar… Pororuka passou de vilão a artista. Hoje é uma das principais fontes de turismo aqui em Chávez.”

Deixar:
O surfista brasileiro Additon Mariano surfa uma onda estrondosa de Pororoka durante o free surf no rio Mirim, cerca de 30 quilômetros interior na selva amazônica, perto da cidade brasileira de Arari, no estado do Maranhão, 8 de abril de 2004. Foto de Bruno Domingos BD/ Reuters

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *