A Suprema Corte do Brasil ordenou uma investigação sobre os comentários do presidente Jair Bolsonaro ligando as vacinas COVID-19 à AIDS.
Ele disse durante uma transmissão ao vivo em várias plataformas de mídia social: “Pessoas que foram totalmente vacinadas contra a Covid-19 desenvolvem a síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS) muito mais rápido do que o esperado.” Após sua declaração enganosa, o Facebook e o YouTube suspenderam temporariamente sua conta.
Em resposta, o Supremo Tribunal do país disse que ele “usou a forma como os esquemas de disseminação funcionavam extensivamente nas redes sociais”.
Leia também | Suas bolsas e bolsas elegantes estão matando a selva amazônica
De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e AIDS, as vacinas COVID-19 aprovadas por reguladores de saúde são seguras para a maioria das pessoas, incluindo aquelas com HIV, o vírus que causa a síndrome da imunodeficiência adquirida conhecida como AIDS.
A popularidade do Bolsonaro caiu 22 por cento, devido ao seu polêmico rebaixamento da Covid-19 e à hesitante recuperação econômica da pandemia, que matou mais de 600.000 pessoas no Brasil.
Uma comissão de inquérito do Senado, conhecida em português como CPI, encontrada em outubro, pediu à Suprema Corte do Brasil que punisse o Bolsonaro por crimes contra a humanidade.
Veja também | O presidente brasileiro Jair Bolsonaro e seu estilo “não natural”
“Para uma supervisão judicial efetiva e abrangente, é imprescindível fornecer documentos que esclareçam o andamento da investigação em questão”, disse Alexandre de Moraes, juiz do Supremo Tribunal Federal.
A CPI entregou seu relatório de quase 1.300 páginas ao Ministério Público do Brasil (PGR) Augusto Aras.
No entanto, uma vez que Arras foi nomeado para o cargo pelo próprio Bolsonaro, nenhuma ação significativa é esperada.
(com contribuições de agências)