Startups de tecnologia estão impulsionando a indústria de petróleo e gás do Brasil

Como uma indústria central para o fornecimento global de energia, muitos consumidores podem acreditar que o setor de petróleo e gás é relativamente resistente à volatilidade. No entanto, em meio à miríade de pressões que a economia global sentiu no último ano e meio, novos desafios estão surgindo para as operadoras de petróleo e gás, alguns dos quais exigem um afastamento das práticas tradicionais. Desde a disponibilidade de recursos e um renovado senso de urgência em torno da sustentabilidade ambiental, até as pressões da cadeia de suprimentos e a crescente globalização – as operadoras de petróleo e gás precisam de novas soluções que atendam às demandas deste setor em rápida evolução.

Como um dos maiores mercados de petróleo e gás do mundo do ponto de vista do consumo, produção e distribuição, os investidores globais e líderes empresariais estão cada vez mais olhando para o Brasil como um inovador chave para impulsionar o desenvolvimento dessas soluções – e o início de um Brasil impulsionado pela tecnologia -up comunidade respondendo à chamada com uma enxurrada de novas ideias. Ao alavancar tecnologias de última geração, como inteligência artificial, Internet das Coisas, aprendizado de máquina e muito mais, essas empresas estão enfrentando alguns dos maiores desafios enfrentados não apenas pelo mercado brasileiro de petróleo e gás, mas também pelo setor global de forma mais ampla.
Este ano, a Apex-Brasil reuniu 33 dessas empresas brasileiras inovadoras e startups na Offshore Technology Conference (OTC) anual em Houston. Aqui estão alguns dos maiores desafios que o Brasil enfrenta com soluções que irão moldar o futuro do petróleo e gás resultantes do diálogo na OTC deste ano:

Foto cedida pela Apex-Brasil

1. Trabalho e restrições ao local de trabalho.

Pessoas a bordo (local de nascimento) – ou o número de trabalhadores permitidos a bordo de uma plataforma offshore a qualquer momento – tem sido e continua sendo uma restrição ao crescimento para muitas operações offshore. Na verdade, como as plataformas offshore costumam estar localizadas a dezenas de quilômetros da costa, a caixa de correio costuma ser restrita pela disponibilidade de camas, transporte, acomodações, restrições de segurança e outras situações semelhantes. Isso pode dificultar a expansão das operações das sondas offshore, pois são limitadas pelo número de funcionários autorizados a trabalhar a bordo.

Empresas brasileiras como a Radix estão buscando aliviar esses desafios para as operadoras com sua tecnologia de “gêmeo digital”. Aproveitando a virtualização da plataforma offshore física, os operadores e outros vários trabalhadores que historicamente tiveram que estar fisicamente na plataforma podem avaliar remotamente as instalações, condições operacionais e outras coisas, sem nunca pisar no mar. Essas tecnologias independentes e remotas ajudam os operadores offshore a manter seus limites de pequena escala, ao mesmo tempo que simplificam muito suas operações do dia-a-dia – dando-lhes a capacidade de aumentar sua produtividade.

Foto cedida pela Apex-Brasil

2. Práticas sustentáveis ​​e ambientais.

Nos últimos anos, líderes empresariais e consumidores tornaram-se cada vez mais conscientes de seu impacto no meio ambiente – levando a um aumento da pressão política e econômica sobre todas as indústrias para que estejam mais conscientes e sensíveis ao seu impacto ambiental. Com isso, muitas empresas brasileiras de óleo e gás priorizam o crescimento sustentável do setor.

Basta considerar a BioFink, uma empresa com sede no Brasil que produz uma loção exclusiva para absorção de óleo feita de fibras de palmeira descartadas. Além de as palmeiras serem consideradas um recurso renovável, essas fibras são retiradas de árvores que, de outra forma, seriam descartadas após outros usos – garantindo sua sustentabilidade de 100%. Em caso de derramamento no mar, esse material superabsorvente pode absorver impressionantes 22 vezes seu peso em óleo. Além disso, a maior parte desse óleo pode ser reutilizada, o que significa que a abordagem da Biofink para abordar a sustentabilidade ambiental é dupla: seu produto ajuda a manter nossos oceanos livres de contenção e atende às preocupações acima sobre a disponibilidade de recursos.

3. Eficiência e modernização.

Muitos operadores de petróleo e gás são empresas renomadas com décadas de experiência e história. No entanto, muitas vezes pode ser difícil inovar e implementar rapidamente essas empresas bem estabelecidas, e elas às vezes podem ser tentadas a se ater a modelos de negócios ineficazes. Por exemplo, muitas operadoras de petróleo e gás ainda usam e-mail e planilhas para gerenciar seus projetos, embora as soluções de software integradas – com foco em comunicações e gerenciamento de projetos por meio da tecnologia de nuvem e do “gêmeo digital” – pudessem ser mais eficientes.

É por isso que empresas brasileiras como a BR2W estão facilitando a transição para um modelo de negócios mais automatizado e simplificado para as operadoras de petróleo e gás. As peças de máquinas tradicionais em plataformas de petróleo, como células de carga, muitas vezes não são compatíveis com a indústria 4.0 ou com a tecnologia “digital twin” – o que significa que as empresas não podem adotar facilmente esses novos sistemas de gerenciamento de projeto. No entanto, a BR2W está fazendo novos dispositivos controlados por WiFi que podem ser facilmente substituídos por peças existentes para ajudar a trazer essas empresas para o século 21.

Com todas essas inovações em andamento – e muitas mais no horizonte – não é surpresa que a reputação do Brasil como líder na indústria de óleo e gás esteja em alta. Na verdade, o Brasil é atualmente o maior produtor de petróleo e gás da América Latina e o sétimo mundial – com expectativa de se tornar o cinco maiores produtores de petróleo até 2030. O Brasil é definitivamente um país que os investidores devem observar nos próximos anos – como um grande produtor, exportador e inovador.

Foto cedida pela Apex-Brasil

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